A morte de um ente querido traz responsabilidades muitas vezes não planejadas aos familiares. Onde fazer o sepultamento? Como serão o velório e os rituais de despedida? De que maneira a pessoa será homenageada em seu jazigo?
De alguns anos para cá, cada vez mais famílias preferem a cremação, o que, em tese, poderia simplificar muitas das decisões. Mas não é bem assim.
Depois da cremação, as cinzas ficam com os parentes. E é nesse momento que surge outra questão: o que fazer com os restos mortais da pessoa que foi tão importante na história de alguém?
A cena das cinzas sendo jogadas no mar ou no campo é recorrente nos cinemas – e ganha adeptos na vida real. Porém, a prática de descartar os restos mortais é condenada por religiões e pelo próprio estado.
Em Blumenau, a lei municipal é objetiva quando diz que os restos devem ser recolhidos “em urnas, e estas guardadas em locais destinados a esse fim”.
O que dizem as igrejas cristãs
O mesmo recomendam, em posicionamentos oficiais, as igrejas católicas e evangélicas luteranas. Para os religiosos, as cinzas não devem ficar em casa e não é recomendado que sejam lançadas na natureza ou transformadas em objetos.
A doutrina luterana recomenda o enterro em espaço apropriado, como os cemitérios, para evitar a veneração de mortos ou a criação de “amarras psicológicas”.
Os católicos também tratam do tema em detalhes. Em um documento assinado pelo papa Francisco há quase dois anos, instrui-se que os restos mortais seja guardados em um espaço sagrado, ou seja, “em um cemitério, em uma igreja (em casos específicos) ou em uma área que foi reservada para este propósito”.
Para as religiões, abandonar as cinzas significa relegar o indivíduo ao esquecimento, principalmente pelas próximas gerações da família. Não haverá um local de oração, lembrança ou reflexão. É como apagar, para sempre, parte da história – e não trabalhar devidamente o luto.
“Vemos pais e filhos aqui no cemitério levando as cinzas depois da cremação para jogar no mar, porque era o desejo da pessoa. Mas eles vão tristes. Quando lançam as cinzas, percebem que estão se desfazendo daquele familiar”, conta João Paulo Taumaturgo, administrador do Cemitério e Crematório São José, no Centro de Blumenau.
A decisão do rito final, portanto, deveria ser de quem fica, já que são os vivos que terão de lidar com a dor da perda.
Serviço gratuito
Pensando na saúde psicológica e na paz espiritual dos enlutados, o Cemitério e Crematório São José oferece um serviço gratuito a quem está inseguro sobre o que fazer com as cinzas após a cremação.
O cemitério guarda a urna em um espaço seguro durante três anos. Não é possível visitar o local regularmente, como ocorre em um jazigo normal, mas a família tem a certeza de que, a qualquer momento, poderá solicitar a retirada da urna para, por exemplo, abrigá-la em um espaço para visitação, com lápide e estrutura adequada. No São José ou em qualquer outro cemitério.
Depois de três naos, o material continuará preservado, mas pode já não ser possível resgatá-lo, devido ao desgaste da identificação.
Conheça o São José
Desde 19 de março de 1865 o Cemitério São José acumula memórias da comunidade blumenauense. O objetivo é oferecer atendimento humanizado, com permanente busca por inovação e tecnologia, para melhor atender as famílias em um dos momentos mais difíceis da vida. Confira algumas opções de serviços e diferenciais:
– Atendimento 24h
– Amplo estacionamento
– Capelas mortuárias climatizadas
– Crematório
– Jazigos Eternos com 4 lugares em Cemitério Vertical
– Jazigos Tradicionais
Contato: 322-3950
Website: www.cemiteriosaojose.com