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Possibilidade de lockdown é cogitada por presidente da Associação dos Municípios do Médio Vale

Matias Kohler destaca que a situação dos hospitais está cada vez mais difícil e pode se tornar insustentável

A possibilidade um lockdown na região do Médio Vale do Itajaí, classificada de risco gravíssimo de Covid-19, já é cogitada pela Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi). O presidente da associação e prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, destaca que a situação dos hospitais está cada vez mais difícil e pode se tornar insustentável caso a curva de infecção não caia. Blumenau, Indaial, Gaspar e outras cidades integram a região.

“Não tem muitas alternativas. A orientação e os encaminhamentos mostram restrições cada vez maiores para poder enfrentar essa curva e minimizar de novo, ou ao menos estabilizar, porque com o crescimento contínuo no número de casos a dificuldade de atendimento e a limitação dos nossos hospitais é cada vez maior”, diz.

Segundo boletim divulgado pela Ammvi nesta quinta-feira, 16, todos os municípios da região têm casos de Covid-19 confirmados. A região já soma mais de 8 mil casos confirmados e mais de 50 óbitos.

Kohler afirma, porém, que novas restrições podem ser tomadas. Uma reunião com todos os prefeitos e secretários de Saúde dos municípios que compõem a Ammvi será realizada na tarde desta sexta-feira, 17, para decisão do fechamento de alguns setores.

Ele apela para que a população se conscientize para que a velocidade de contágio diminua e que não seja necessário um lockdown na região.

“Se não houver uma resposta positiva e uma conscientização popular e não houver uma amenização no crescimento no número de casos nos próximos dez dias, o fechamento total é o único meio que vai nos restar”, admite.

O prefeito destaca que, com esse alerta vermelho, a região está no limite e que o poder público local já está consciente da necessidade de medidas mais restritivas.

“A gente precisar atender as normas que estão sendo hoje enviadas aos municípios, nenhum município faz isso com vontade, mas somos obrigados a fazer pela situação que enfrentamos. Ou a população coopera, ou, pelo contrário, vamos ser empurrados necessariamente para o fechamento total de 15 a 20 dias para amenizar a curva de contaminação”.


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