Preço da gasolina em Blumenau aumenta 4% em duas semanas

Reajuste da Petrobras feito na última terça-feira aumentou em 7,5% o valor do combustível

O preço da gasolina em Blumenau já chega a quase R$ 4,60 em vários postos. O mais recente reajuste feito pela Petrobras elevou o valor do combustível nas refinarias em R$ 0,15. O aumento representou alta de 7,5%, sendo o novo preço médio de R$ 1,98. Esse é o valor pago pelas distribuidoras nas refinarias. O quanto o consumidor nas bombas vai pagar depende dosvalores de revenda e das margens de lucro definidas pelos postos.

O Município Blumenau fez um levantamento dos preços da gasolina comum em seis postos espalhados pela cidade. O menor valor encontrado foi de R$ 4,54. Os demais cinco estabelecimentos comercializam a gasolina a R$ 4,59.

Já segundo pesquisa feita pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio de venda da gasolina em Blumenau na semana do dias 03/01 a 09/01 era de R$ 4,41. Se considerarmos o preço médio na cidade hoje em R$ 4,59, a alta em duas semanas foi de 4,1%.

O levantamento da ANP, feito na semana entre os dias 10 e 16 de janeiro, mostra que o litro médio da gasolina comum no Brasil custava R$ 4,572.

Segundo a Petrobras, o aumento se deu por conta da política da empresa, onde os valores acompanham o preço do petróleo internacional. “Os preços praticados pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, esclareceu a companhia.

Sindicato dos postos mostra preocupação com reajustes

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau (Sinpeb) demonstrou preocupação com os reajustes. O presidente da entidade, Júlio César Zimmermann, afirmou que a situação desestimula o consumo.

“Um aumento dos maiores que aconteceu já no início do ano. Desde novembro são cinco reajustes. Isso é influência da alta do preço do petróleo e do dólar. Para nós é ruim porque cada vez o consumo diminui. As pessoas não têm esses reajustes no salário. Muitos comerciantes estão tirando da margem de lucro para poder ter um preço competitivo”, pontuou Zimmermann.

O setor, que ainda se recupera dos prejuízos do ano de 2020, não nutre grandes expectativas para 2021 porque depende da retomada completa das atividades econômicas.

“Dependemos da pandemia. Não tem como prever o que vai acontecer. Ano passado foi ruim porque as pessoas não saíram de casa. No início da pandemia, as vendas de gasolina chegaram a cair 70%. Hoje ainda temos uma defasagem de 20%. A expectativa é que as coisas melhorem em 2021 com a vacina e tudo mais”, finaliza Júlio.


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