Preço da gasolina volta a subir nos postos de Blumenau um dia após reajuste da Petrobras

Combustível já é encontrado a R$ 4,89 na região central da cidade

O preço da gasolina voltou a subir nos postos de Blumenau um dia após o reajuste da Petrobras, válido a partir desta terça-feira, 9. A gasolina aumento 8% nas refinarias, enquanto o diesel subiu 6% e o gás de cozinha 5%.

Na manhã desta quarta-feira, 10, já era possível encontrar a gasolina comum sendo vendida a R$ 4,89 em Blumenau. Em um levantamento feito pelo portal O Município em cinco postos da cidade, o menor valor encontrado foi de R$ 4,75 e o maior foi de R$ 4,89.

Em cerca de quatro semanas, a gasolina já aumentou 30 centavos. Desde o início de 2020, o aumento já atinge a marca de 50 centavos. Isso porque, de acordo com levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina comum na primeira semana de janeiro em Blumenau era de R$ 4,41. Se compararmos o valor de janeiro com os atuais R$ 4,89 encontrados na cidade, a alta já chega a 10,8%.

Esse é o sexto reajuste desde novembro de 2020, e o quarto em 2021. A imagem abaixo reproduz um gráfico da ANP com os preços médios da gasolina desde janeiro do ano passado.

Reprodução / Painel Dinâmico de Preços ANP

Altas no preço acontecem por conta do preço internacional do petróleo

As altas no preço do combustível são justificadas por conta da política de preços estabelecida pela Petrobras. De acordo com a estatal, os preços nacionais acompanham os valores praticados internacionalmente, todos cotados em dólar. Com a alta da moeda norte-americana frente ao real e o recente aumento no preço do barril do petróleo, o resultado é sentido no bolso do consumidor.

Para se ter uma ideia, o barril do petróleo do tipo Brent chegou a custar US$ 23 em abril do ano passado. Em maio de 2020, a gasolina em Blumenau, segundo a ANP, tinha um preço médio de R$ 3,66. Atualmente, o preço do barril Brent é cotado a US$ 61, quase o triplo do valor de abril.

Para Júlio César Zimmermann, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau (Sinpeb), o consumidor acaba prejudicado porque o país vende petróleo para importar gasolina. “O Brasil é autossuficiente em produção de petróleo, mas não tem refinarias. Tem que exportar o petróleo e importar os combustíveis. Teria que investir no refino, para não depender do mercado internacional. Se o barril de petróleo continuar subindo, vai aumentar o preço”, define o presidente.

Sinpeb acredita que redução do ICMS não deve ser aprovada no Congresso

Na última sexta-feira, 5, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou de uma entrevista coletiva onde falou sobre o preço dos combustíveis. Acompanhado do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro sinalizou que deve enviar ao Congresso um projeto propondo a alteração na forma de cobrança do ICMS, imposto estadual.

Segundo o presidente, a ideia seria que o imposto passasse a ser cobrado sobre o valor do combustível nas refinarias, e não mais nas bombas. Além disso, o projeto preveria um índice fixo para a combrança do imposto, que seria definido pelas Assembleias Legislativas.

“Seria ótimo o imposto baixar para os revendedores e os consumidores, mas eu acho que isso jamais vai acontecer. A arrecadação do ICMS com combustíveis em Santa Catarina representa 25% do total. No Rio de Janeiro passa dos 30%. Os estados jamais vão aceitar. Isso significa cortar mais de 50% da arrecadação”, analisa Júlio Zimmermann, presidente do Sinpeb.

O ICMS, que é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, é um imposto estadual. Pela legislação vigente, apenas os estados e o Distrito Federal têm competência para instituí-lo.


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