Preço do leite: entenda o que motivou aumento nas últimas semanas
Santa Catarina é estado com maior variação de preço médio
O preço do leite se tornou um dos assuntos mais comentados da internet – e dos corredores dos supermercados – nas últimas semanas. Apesar de o valor do produto naturalmente subir na entressafra, que ocorre entre abril e junho, outros pontos impactaram a bebida recentemente.
Em algumas regiões brasileiras, os relatos foram de preços entre R$ 7 e R$ 10. Em Blumenau, ainda é possível encontrar leites abaixo desse valor, mas não muito distante dele. Alguns produtos na promoção ainda são oferecidos a mais de R$ 6.
Venho aqui informar que o litro de leite mais barato do meu bairro tá 7 reais. Só isso mesmo. Muita gente no mercado olhando e desistindo de levar. Aliás, fiquei reparando no semblante das pessoas fazendo compras. Um misto de perplexidade e angústia geral. Tá osso!
— Carolina Morand (@carolmorand) June 30, 2022
Santa Catarina é o estado brasileiro com maior variação mensal do preço líquido médio. Enquanto a média brasileira é de 4,84%, o estado registra um índice de 8,89%.
De acordo com a média levantada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço do leite captado subiu 4,4% em maio de 2022, comparado ao mês anterior.
Em relação a maio do ano passado, o aumento é de 11,8%. Desde janeiro, o leite no campo acumula valorização real de 14,5%. As pesquisas do Cepea ainda apontam que neste mês de junho o aumento deve ser de 5%, e que não há previsão de parar de subir.
Problemas combinados
A entressafra do leite é caracterizada pelo clima seco, que prejudica a disponibilidade e a qualidade das pastagens. Junto dela, os efeitos do fenômeno La Niña e o aumento nos custos de produção foram os grandes responsáveis pelo disparo nos preços.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que mensalmente produz o Boletim do Leite, explicou que a combinação desses fatores foi o que causou os preços que assustaram os consumidores.
A pesquisadora do Cepea Natália Grigol explica que, como o La Ninã está em seu segundo ano consecutivo, os produtores ainda não conseguiram se recuperar da estiagem de 2021. O fenômeno ocorre quando as águas do Oceano Pacífico resfriam.
mesmo diante do aumento dos preços pagos ao produtor”, enfatiza a pesquisadora.
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