Preconceito racial dificulta ações de combate à dengue em Blumenau
Os dois servidores públicos da foto são agentes de combate à dengue, que fazem vistorias nas casas de Blumenau. A função deles é a mesma, mas quando chegam às residências são tratados muitas vezes de forma diferente.
Para o primeiro servidor, que tem cabelos brancos e olhos claros, dificilmente os moradores pedem o crachá para constatar se realmente ele é funcionário da prefeitura.
Já a segunda servidora, que é negra e de cabelos cacheados, várias vezes foi proibida de entrar nas residências pelos proprietários.
A situação tem preocupado o setor da prefeitura. Os agentes sabem que a comunidade proíbe a entrada de pessoas estranhas por medo de assalto. Mas também sabem que em algumas situações existe o PRECONCEITO.
“As pessoas muitas vezes não têm noção do quanto podem magoar as outras com esse tipo de atitude”, resume a coordenadora do Programa de Prevenção e Combate à Dengue, Eleandra Cassini.
A servidora negra relatou o problema com lágrimas nos olhos. Em uma das casas, o proprietário liberou a entrada do agente de pele branca, mas pediu o crachá para ela.
Quem tiver dúvidas se as pessoas visitando o bairro são realmente servidores da prefeitura pode consultar as fotos clicando aqui.