Prefeitos do Vale do Itajaí reivindicam diálogo com o estado nas medidas de combate ao coronavírus

Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) enviou documento ao governo

A Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) solicitou ao governo do estado a ampliação do diálogo com os municípios catarinenses em relação às medidas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. O pedido foi feito por meio de correspondência enviada ao chefe da Casa Civil, Douglas Borba, nesta quarta-feira, 8.

No documento, a Associação pede que o estado antecipe a publicidade das ações tomadas sobre as restrições e outras determinações impostas à população, à iniciativa privada e ao poder público.

“Somos cobrados a prestar justificativas e orientações à população sem ter perspectivas e informações do Estado a respeito de determinados assuntos. Por isso, reivindicamos que os prefeitos recebam com antecedência as medidas que serão tomadas, para que tenham ciência dos impactos no município e possam instruir os cidadãos”, ressalta o presidente da entidade, Matias Kohler, prefeito de Guabiruba.

Diante da prorrogação da quarentena até 12 de abril, a Ammvi solicitou ainda que as informações quanto às atividades posteriores a esta data sejam repassadas aos prefeitos até neste sábado, 11. O objetivo é evitar transtornos aos municípios e prestar orientações à população sobre as vedações vigentes, além de organizar o funcionamento da estrutura administrativa das prefeituras.

O documento demanda também que o governo do estado sinalize até quando, pelo menos, devem ser mantidos suspensos o ensino público e o serviço de transporte coletivo de passageiros em Santa Catarina. Para os prefeitos, a indefinição no tempo das restrições impede que os municípios possam gerir adequadamente os assuntos de competência municipal.

“Compreendemos todo este cenário de incertezas em virtude do novo coronavírus e estamos contribuindo em tudo que é possível, pois objetivamos garantir proteção e saúde da população. Para tanto, precisamos ajustar o diálogo com o governo do estado para que, poder público, iniciativa privada e sociedade compreendam as recomendações que impactam diretamente no cotidiano dos catarinenses e possam organizar suas vidas a partir das determinações e do convívio responsável”, finaliza Kohler.

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