X
X

Buscar

Prefeitura de Blumenau desiste de imóvel que abrigava o Besc

Valor se tornou inviável para o poder público

A prefeitura de Blumenau oficializou nesta semana a desistência da aquisição do imóvel que abrigava o antigo Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), na Rua XV de Novembro.

No ofício enviado à Superintendência do Banco do Brasil – atual proprietário do imóvel – o poder público informa que o valor proposto para venda, somado aos custos necessários para a adequação dos espaços, seria inviável para o poder público.

A decisão foi tomada após a contraposta efetuada pelo Banco do Brasil, informando que o valor de venda da estrutura seria de R$ 11,3 milhões. Com isso, o município teria que desembolsar R$ 1 milhão a mais em comparação ao preço apontado pelo laudo de avaliação da Caixa Econômica Federal, realizado em novembro de 2018.

De acordo com o laudo da Caixa, o valor de mercado da estrutura seria de R$ 10,2 milhões. A vistoria também apontou a necessidade de que o imóvel fosse “amplamente reformado”, informando em relatório que o prédio encontra-se abandonado, com instalações deterioradas, itens obsoletos, danificados ou inexistentes.

Considerando os apontamentos feitos pela Caixa, a prefeitura propôs o valor de compra de R$ 9 milhões. Esse montante, somado aos quase R$ 7 milhões necessários para os projetos de adequação e a reforma da estrutura, resultaria em um investimento de R$ 16 milhões.

Além do valor elevado do imóvel com a reforma, um outro motivo para desistência da compra é a forma de quitação exigida pelo Banco do Brasil, que prevê o pagamento do valor em parcela única. Com isso, o governo municipal teria de realizar um empréstimo que impactaria, além do principal para aquisição e reforma, mais R$ 3 milhões em taxas e juros, totalizando R$ 22,3 milhões. Este é o valor resultante, considerando a proposta feita pelo Banco do Brasil, de R$ 11,3 milhões.

O prefeito Mário Hildebrandt destaca que o objetivo seria utilizar o imóvel para agrupar secretarias que hoje funcionam em espaços alugados pelo poder público, reduzindo custos com locações além da racionalidade nos deslocamentos.

“Atualmente, algumas das estruturas com maior concentração de servidores, como é o caso da Secretária de Saúde e da Secretária de Educação, atendem em prédios descentralizados justamente pela dificuldade em encontrar local adequado para abrigar todas as atividades em um só espaço físico”, explica.

Estrutura

A estrutura que abrigava o antigo Besc possui cinco pavimentos, incluindo espaço térreo e sobreloja, somando 2,8 mil metros quadrados de área construída. O terreno tem área 2,6 mil metros quadrados e faz frente para a rua XV de Novembro, com acesso de estacionamento para a Rua Amadeu da Luz. O prédio, que também abrigou o Banco do Brasil, após a incorporação do Besc, está vazio desde o início de 2017, quando diversas agências foram unificadas.

Em agosto de 2018 o Banco do Brasil já havia realizado um leilão para a venda do prédio, com lance mínimo de R$ 11,5 milhões, sem que houvesse qualquer interessado. A estrutura, um dos principais prédios comerciais da rua XV de Novembro, continua fechada.