Prefeitura de Blumenau realiza segunda internação involuntária do ano na manhã desta quinta-feira
Homem assumiu ser usuário de drogas
A Prefeitura de Blumenau realizou na manhã desta quinta-feira, 20, a segunda internação involuntária na cidade em 2025. Com o apoio dos serviços de Saúde, Assistência Social e das Polícias Militar e Civil, um homem de 45 anos foi encaminhado ao hospital para internação. A informação de que é a segunda do ano foi apurada com exclusividade pelo jornal O Município Blumenau.
Segundo a prefeitura, ele já era acompanhado há muito tempo e sempre era visto caminhando pela Beira Rio. Além disso, era atendido na Assistência Social desde 2014 e, ao todo, possui mais de 380 atendimentos nos serviços para a população em situação de rua, incluindo Centro POP, Abordagem Social e acolhimentos.
O homem, que possui dependência química e pedia esmola para sobreviver, afirmou não ter trabalho e que vivia nas ruas todos os dias, usando drogas e permanecendo pela Beira Rio durante o dia e a noite.
Além disso, passou por outras tentativas de internação, mas não aderia aos atendimentos da equipe da Assistência Social. Zelando pela saúde, a Câmara Técnica de Saúde e Assistência Social decidiu pela internação involuntária do usuário.
“Nós já estivemos em diversas ações abordando este usuário, tentando convencê-lo a fazer o tratamento e aceitar o atendimento dos nossos serviços. Mas tivemos que chegar ao ponto da internação involuntária para tentar resgatar essa pessoa da condição em que estava vivendo. É a última medida que a prefeitura toma, mas com o objetivo de trazer dignidade”, comenta o prefeito Egidio Ferrari.
Internação involuntária
A internação involuntária é a última medida, após se esgotarem todas as demais possibilidades terapêuticas e recursos extra-hospitalares disponíveis na rede psicossocial, e ocorre somente com laudo médico. A primeira internação de 2025 foi registrada em 27 de fevereiro.
O objetivo da lei é humanizar o tratamento dessas pessoas, com foco na recuperação e na inserção na família, no trabalho e na comunidade, numa perspectiva de atendimento integrado entre as políticas de saúde e de assistência social.
As internações passam por indicação e avaliação da Câmara Técnica de Saúde e Assistência Social. Lembrando que, de acordo com a lei, a internação involuntária não pode ocorrer em comunidades terapêuticas, mas sim em ambiente hospitalar e por no máximo 90 dias.
“Nossas equipes — tanto da abordagem social quanto da assistência social e também as equipes médicas — confeccionaram um laudo que aponta que somente com uma internação compulsória ele poderá ser acompanhado, de forma obrigatória, pelo SAMU para tratamento médico”, explica o prefeito.
Esse tratamento oferece assistência integral à pessoa com dependência de drogas ou com sofrimento ou transtorno mental, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer e outros necessários.
“Queremos oferecer a essas pessoas a oportunidade de sair das ruas e voltar a conviver com suas famílias. Acreditamos que continuaremos com esse trabalho, nossas equipes estão fazendo abordagem todos os dias no centro e em todos os bairros da cidade”, conclui Egidio.
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