Prefeitura mantém liberação de pets no Parque Vila Germânica: opinião de usuários continua dividida

Prefeito anunciou nesta sexta-feira, 7, que a liberação foi prorrogada por mais 30 dias

Há um mês uma decisão do prefeito Mário Hildebrandt dividiu a opinião dos blumenauenses. O espaço do Parque Ramiro Ruediger e da Vila Germânica foram completamente liberados para animais de estimação. Apesar dessa divisão, nesta sexta-feira, 7, Hildebrandt anunciou em vídeo nas redes sociais, que prorrogou a decisão por mais 30 dias.

O primeiro anúncio, no mês passado, também veio por meio de um vídeo, gravado ao lado do Secretário de Turismo e Lazer de Blumenau, Marcelo Greuel. Nele, os dois aparecem segurando seus respectivos cachorrinhos. Ainda na publicação o prefeito enfatizou: “não podemos esquecer que cada humano deve ser responsável pelo cuidado, limpeza e segurança do seu bichinho”.

O teste de 30 dias veio após diversos pedidos da comunidade. Entretanto, muitos usuários do parque ficaram insatisfeitos com a decisão. A questão da higiene, alergias e o medo de cachorros grandes foram as principais reclamações. Muitos questionam como seria possível fazer um piquenique com animais no espaço, por exemplo.

Para ouvir diversas opiniões, a reportagem de O Município Blumenau conversou com diversos leitores que frequentam o parque para saber o que eles acharam da decisão. Confira abaixo como a medida impactou o lazer deles.

Há quem defenda…

Mari Almeida, parananense que mora em Blumenau há mais de 20 anos, acredita que, com a boa conduta dos tutores, a decisão deve ser celebrada. “Pra mim, o parque tá do mesmo jeito que sempre foi. Nunca pisei em cocô de cachorro e não sinto cheiro de xixi. Não acho certo reclamarem”, conta.

Na opinião da moradora da Itoupava Norte, quem está infeliz com a decisão são os frequentadores que não gostam dos bichinhos. Ela revela que já recebeu olhares tortos quando vai ao parque com os dois pinschers, mas está muito feliz agora que pode levar eles mais de uma vez por mês.

“Eu estou amando. Eu e meu marido somos apaixonados por cachorros, só não temos mais porque moramos em apartamento. Lá eles correm, brincam com outros animaizinhos… É uma alegria enorme para eles e para nós também”, comemora.

Robson Johanson, pai de duas meninas, adorou a novidade. Porém, criticou as normas com focinheiras. “Acredito que deveria ser separado por raça, e não por porte. Alguns cães grandes como Golden retriever e Border collie são brincalhões e ficam assustados. A gente precisa pensar que cães pequenos também podem morder alguém”, comenta.

Náthalie Shara Bauer defende a criação de um espaço para os cães poderem fazer as necessidades sem depender da grama. “A ideia foi muito bacana! Se é um parque deve ser livre para todos, assim vale para os cães”, complementa.

…mas há quem critique

Alguns usuários do parque que curtem levar os cães para as ruas, mas consideram a medida extrema, defendem a existência de um espaço específico para os pets. “Querendo ou não, tem crianças que brincam na grama. Mesmo que o dono coloque o cocô numa sacolinha, ainda ficam as bactérias. Sem falar no xixi. Animais e pessoas têm direitos, mas cada um no seu lugar”, opina a blumenauense Sandra Franzes.

Muitos citam o Parcão, localizado no Ribeirão Fresco, como suficiente para suprir a necessidade. “Tenho dois cachorros, mas não concordo. Já temos uma praça para eles”, reforça Aloísio Lanser. “Inclusive muito mais divertido para eles, pois tem brinquedos”, complementa Samara Regina Coelho.

Outra opinião comum é que o problema não está necessariamente no Parque Ramiro Ruediger, mas sim no convívio de cães na Vila Germânica, onde há muitos restaurantes. “Ali [no parque] tudo bem, mas sentar ao lado de animais para se alimentar já é demais”, diz Claudio Rodrigues.

A mãe Ednéia Amandio sugere outras melhorias, como criação de mais banheiros espalhados pelo parque e manter os cães na guia. “A maioria é fofo e as famílias super gentis, mas concordo que eles não deveriam andar na grama nem entrar no parque infantil. Questão de higiene”, declara.

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