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Primeira mulher no cargo, reitora da Furb faz balanço de um ano de gestão

Marcia Sardá Espíndola completou um ano a frente da Universidade Regional de Blumenau

No dia 31 de janeiro de 2020 completou-se um ano da posse da nova reitora da Furb, Marcia Sardá Espíndola. A primeira mulher a frente da Universidade Regional de Blumenau, nos 55 anos de história da instituição. Em entrevista ao jornal O Município Blumenau, Márcia falou sobre os desafios e fez um balanço da gestão.

“Eu e o professor João (vice-reitor) não tínhamos equipe desde a campanha. Então pudemos montar uma equipe bem técnica quando começamos, e isso nos ajudou muito até aqui”, apontou.

Márcia destacou a busca e o êxito para os financiamentos estudantis, que aumentaram consideravelmente no sistema Acafe, com o governo estadual. Para ela, como a Furb tem uma estrutura mais avançada, é natural que os preços sejam mais altos, dificultando a concorrência com outras instituições.

“Nós sabemos que o aluno quer estar aqui, mas pra isso sabemos que precisamos de bolsa, também. Nossos preços são maiores, mas porque temos professores qualificados, de carreira, que estão sempre na pesquisa e extensão”, destacou.

Além do bom relacionamento com o governo estadual, resultando no aumento de bolsas no sistema Acafe, a prática da boa vizinhança também aparece no âmbito municipal. Mesmo sendo pública, uma autarquia municipal, a Furb não recebe repasses do executivo blumenauense.

Mas um convênio assinado no fim de 2019, está disponibilizando a partir desse ano, bolsas de 50% para servidores públicos, e de 90% para os atletas do município e comunidade atendida pelos projetos sociais.

Os descontos não são ofertados a partir de repasse da Prefeitura de Blumenau, mas do convênio, que justifica o imposto de renda da instituição.

Furb/Divulgação

Aproximação com a comunidade

Além das bolsas, alguns projetos ainda estão sendo colocados em prática e não foram muito detalhados pela reitora. Porém, o que mais foi citado por Márcia foi a tentativa de reaproximação da comunidade.

“O que investimos é para prestação de serviços no ambulatório, na clinica odontológica, na pratica jurídica, nos projetos sociais, em pesquisa e extensão. E é importante que a comunidade perceba isso, entenda a Furb como uma referência”, destacou.

Ela ainda apontou a participação em concursos públicos, em parcerias, projetos, várias situações onde colocam a Furb perto das pessoas, não apenas quando se trata de ensino superior.

“A Furb é uma universidade comunitária. Os nossos recursos, o que a gente investe, não vão pra bolsa de valores ou pra acionistas, é da comunidade, não temos fins lucrativos”.

Furb/Divulgação

Número de alunos e finanças

Nos últimos anos, a situação financeira da Furb e a queda no número de alunos foi se destacando. Ao ser questionada sobre essa situação, Márcia demonstrou tranquilidade e apontou melhoras já percebidas neste primeiro ano.

Segundo ela, a Furb tem a vantagem de não ter dívidas. Somado a isso, alguns “ajustes” e “políticas internas” na instituição, com o corpo docente, fizeram que a universidade tivesse um fluxo caixa melhor, resultando em mais investimentos, que atraem mais alunos.

“Um exemplo é o governo do estado. Sempre recebíamos a mesma cota. No segundo semestre de 2019 veio aporte. Aumentou em 71% um recurso que não esperávamos. Nosso déficit do ano passado foi menor que o esperado”.

Em relação ao número de alunos, a reitora foi mais cautelosa, ao citar que as matrículas ainda estão abertas e não há um balanço oficial. Mesmo assim, adiantou que em comparação ao ano passado, até o período atual, já existe um aumento de 10% no número de calouros na universidade.

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