Professora que fez publicação xenofóbica contra nordestinos pede licença médica no Médio Vale
Coordenadoria Regional de Educação e Secretaria de Educação de Brusque se manifestaram
A professora de Brusque que fez uma publicação xenofóbica nas redes sociais pediu licença médica. A informação foi confirmada pela Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Brusque. O afastamento foi solicitado na quarta-feira, 6.
Ela postou um vídeo que, além de sugerir “o retorno” para os nordestinos que vivem em Brusque, propõe que as empresas deveriam fazer um “boicote” às pessoas vindas do Norte e Nordeste.
“Que tal fazermos um boicote a todos que vêm do Norte para Santa Catarina pedir emprego, ganhar a vida e crescer? Começar a mandar de volta, né, gente? Depois de uma eleição dessa… 70% para Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Pará, né? A gente passa a não deixar eles ficarem por aqui”, disse, no vídeo.
Ela atua como professora admitida em caráter temporário na escola Padre Lux, no bairro Azambuja. Foi informado também pela Secretaria de Educação de Brusque que ela é servidora com contrato temporário da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Brusque.
O coordenador da CRE de Brusque, Odair Bozio, afirma que a pasta entrou em contato com o Cojur, do governo do estado, para verificar uma situação de possível afastamento da servidora. O pedido foi feito na terça-feira, 4, e a resposta não veio até então.
“[Na quarta-feira], ela apresentou um atestado de 15 dias. Neste momento, foi afastada por auxílio doença e agora temos que esperar os trâmites legais para ver o que pode ser feito”, afirma Odair.
Com o afastamento por licença médica, ela deixa as atividades da escola Padre Lux por 15 dias. Odair afirma que a Coordenadoria Regional de Educação repudia qualquer ato de descriminação. A Secretaria de Educação de Brusque informou que tomará “todas as providências cabíveis”.
Confira o vídeo:
– Assista agora:
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