Quatro agências bancárias da rua XV de Novembro são fechadas por sindicato nesta quarta-feira
Paralisação acontece em protesto contra as propostas apresentadas pela Fenaban
Mais quatro agências bancárias que ficam localizadas na rua XV de Novembro, no Centro de Blumenau, foram paralisadas nesta quarta-feira, 28.
A paralisação das agências do Bradesco, Caixa, Itaú e Santander acontece em protesto contra as propostas apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na 10ª mesa de negociação nesta terça-feira, 27. Segundo o Sindicato dos Bancários de Blumenau (SEEB), a proposta desvalorizar a categoria bancária.
O presidente do SEEB Blumenau, Edson Heemann, está em São Paulo para participar da mesa de negociação específica da Caixa e enfatizou o desrespeito dos negociadores com os bancários e bancárias: “Os bancos seguem tendo lucros bilionários crescentes a cada ano, e ainda assim querem negar o básico aos trabalhadores, que é o reajuste salarial e condições de trabalho digno. Não podemos aceitar a falta de respeito com a categoria bancária e os prejuízos pretendidos pelos banqueiros. Vamos seguir lutando por melhorias e até mesmo a greve da categoria se for necessário”.
Fenaban
No início do encontro, a Fenaban propôs reajuste de 90% do INPC, o que resultaria em perda salarial de 0,38%. O Comando rejeitou prontamente e uma pausa foi solicitada pelos bancos. No retorno, a entidade apresentou proposta de 100% do INPC nos salários e demais verbas (portanto, zero de ganho real), somente em janeiro de 2025. Com essa proposta, a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e demais verbas ocorreriam sem nenhum reajuste. O comando rejeitou novamente.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, explicou que: “Com essa proposta de reajuste zero e deixando de aplicar o reajuste em setembro, mas somente em janeiro, os bancos retirariam do bolso das trabalhadoras e trabalhadores R$ 1,2 bilhão, considerando salários, segunda parcela do 13º, vale alimentação e vale refeição e antecipação da PLR”, completou.
Pela proposta da Fenaban, é como se cada bancário passasse para os bancos R$ 682 por mês, durante os quatro meses. Sem contar os ganhos relacionados aos encargos que os bancos deixariam de pagar entre setembro e dezembro, pelo não reajuste no período. “Ou seja, estão querendo ganhar dinheiro às custas dos funcionários. Um presente lamentável dos bancos, diante da véspera do Dia Nacional dos Bancários”, continuou Juvandia.
Diante da falta de empenho da Fenaban em concluir as negociações, o Comando Nacional pontuou que estará em São Paulo para as negociações até sexta, que é o prazo que os bancos têm para apresentar uma proposta decente.
O comando cobrou que, no próximo encontro, os bancos respondam às reivindicações sobre suporte aos pais de PCDs, o combate ao endividamento dos bancários, respeito ao direito à desconexão, combate à terceirização, garantia dos empregos, ampliação do teletrabalho, além do aumento real da remuneração e PLR, entre outros pontos da minuta apresentada aos bancos.
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