Quem é a artista plástica de Blumenau que vai expor em Miami

Exposição é hoje no Plaza Coral Gables, em Miami, nos Estados Unidos

Nesta sexta-feira, 2, a artista plástica Marcela Schmidt vai ter os seus quadros expostos no Plaza Coral Gables, um centro de lazer, entretenimento e comércio em Miami. Em parceria com a Arte Vivo Global, as obras estarão em exposição por cerca de dois meses.

Marcela é conhecida por produzir quadros de garças personificadas como artistas nacionais e internacionais. Alguns dos músicos que foram pintados são Elton John, Bob Marley, Rita Lee, Amy Winehouse, Os Beatles, Carmen Miranda, Elvis Presley e Freddie Mercury.

Victor Guerreiro

A artista foi escolhida para ilustrar o ovo de Páscoa gigante de Pomerode nesta Osterfest de 2024. Ela também produz retratos e murais sob encomenda e participa de projetos e ações sociais. Marcela conta que a arte é importante em sua vida por ser um escape, “em momentos que eu sentia a necessidade de botar meus sentimentos para fora, de esvaziar a mente, de desestressar, eu queria pintar”.

Ela confirma que tem em mente uma nova coleção e muitos planos, como novos projetos e outras exposições internacionais.

“Dança das Garças”

Em um ateliê com as paredes bordô, plantas e quadros com molduras douradas que preenchem as paredes, Marcela Schmidt expõe a sua arte com orgulho. A primeira garça feita pela artista é a famosa Garça Elton John, produzida em 2022.

As ideias para os quadros das garças como músicos famosos surgiu com uma simples foto online. “Pesquisei algumas imagens para me inspirar e apareceu uma foto de uma garça, ela parecia uma bailarina”, revela.

Tudo começou com garças vestidas de bailarinas e de gladiadoras em paisagens escuras, todas com algum aspecto em comum com a própria artista, e naturalmente surgiu a ideia da famosa garça Elton John. “Depois que eu comecei a fazer o quadro do Elton, não parei mais. Eu fiz todas as outras quinze garças”, ela informa.

Curadoria

Sandra Setti, curadora da artista, está há 45 anos no ramo e produziu mais de 600 exposições. “Ela me achou em um momento de luto”, lembra a artista plástica. Marcela havia perdido a sua mãe recentemente devido uma doença que Sandra também teve, mas sobreviveu.

Uma conhecida mútua fez com que a curadora conhecesse o trabalho de Marcela. Após muita conversa, as duas descobriram ter ainda mais em comum do que poderiam imaginar. “Sabe, são muitas coincidências e ela se conectou muito com o meu trabalho”, confessa Marcela.

Solidariedarte

“O Solidariedarte foi um projeto que surgiu com a morte da minha mãe e avó, elas eram muito caridosas. A minha avó morreu em outubro e a minha morreu em maio. Eu customizei um tênis da minha mãe logo depois que ela faleceu e resolvi transformar aquilo ali numa rifa para doar todo o dinheiro para o Instituto Vivaz”, Marcela narra.

O Instituto Vivaz atende crianças no tratamento de câncer em Balneário Camboriú. “É lindo o trabalho delas, é muita alma assim, muito amor por aquilo, elas fazem tudo da melhor forma possível”, ela cita. 

“Eu assumi isso para minha vida agora, a cada mais ou menos três meses, eu faço uns quatro grandes eventos ou campanhas para mobilizar. Foi aí que eu encontrei a razão pela qual eu faço isso tudo, não é só para mim, não é para ganhar dinheiro ou para ficar famosa. O bom mesmo disso tudo é uma coisa muito maior do que só eu. Isso é uma experiência de vida que eu passo para as pessoas, o que é muito legal”, afirma.

Início da carreira

“Eu pinto desde criança com 3 anos. A minha mãe contava que ela me colocava para sentar na cadeira de alimentação com um caderninho e ali eu começava a pintar. Comecei a desenhar e desenhava a xícara no cantinho da folha, desenhava a cadeira que eu estava vendo, o armário que eu via. Eu lembro disso, tenho uma lembrança de que eu queria decorar o meu caderno, então, fazia todos os desenhos bem pequenininhos no cantinho da folha. Então, eu já comecei ali”, revela a artista.

Aos 8 anos de idade, a família de Marcela se mudou para Blumenau e o padastro se tornou o médico de Élio Hahnemann, famoso artista local. Élio apenas ensinava artes plásticas para adultos, porém, após pedidos, Marcela foi em sua primeira aula. Por seis anos, ela foi aluna de Élio Hahnemann, sendo o único curso de pintura que fez em sua vida.

Marcela se formou em arquitetura pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), fez uma pós-graduação em Administração na Australian Pacific College, na Austrália, e cursou Design de Produto em Milão, no Instituto Europeo di Design.

De volta em Blumenau para cuidar da saúde da mãe, ela recorreu novamente para a arte. “Eu busquei de novo a arte para desestressar. E foi quando já existia o Instagram em 2014 e postei as minhas artes. E aí, a Vøn der Völke foi a primeira que comprou para fazer estampa”, ela relata. Marcela continuou produzindo e vendendo suas obras como estampa para roupas, acessórios de moda e produzindo até sapatos.

“Eu tenho que fazer arte, é a minha missão de vida, de tocar, me conectar com essas pessoas para que elas também, através da arte, consigam encontrar coisas nas suas vidas que elas estão procurando”, ela explica. “A minha arte cura, a minha arte atravessa, a minha arte tem muita espiritualidade junto e é uma coisa que eu amo, sabe? Eu amo ajudar as pessoas. Eu amo poder fazer a diferença.”

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