Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

“Discussão sobre voto eletrônico ou impresso é inoportuna neste momento”

Voto impresso
A deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC), que integra comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retorno do voto impresso nas eleições, foi autora de requerimento para realização de uma audiência pública, hoje. A discussão está dividida: os governistas defendem a proposta, para permitir a auditagem dos resultados das eleições. Os oposicionistas destacam que a urna eletrônica foi implantada justamente para proteção ao voto. Cá entre nós: que discussão inoportuna, diante de questões anos-luz prioritárias!?

Bafafá em Blumenau
Vai dar o que falar a eleição, suspensa, do Conselho Municipal de Cultura de Blumenau. Uma ex-conselheira, aparentemente anti-bolsonarista, alegou haver excesso de candidatos evangélicos no pleito. Logo em Blumenau, onde grande parcela da população é evangélica luterana e fundada por um luterano.

Palanque
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ainda diz que não é candidato a presidente da República, mas já tem uma lista de postulantes a governador montada e oferecida a ele pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab. De SC está lá, candidatíssimo, o ex-governador Raimundo Colombo.

Sapatilha
Na visita a Joinville, sexta-feira, o governador Carlos Moisés levou uma notícia que pôs fim a uma angústia: o governo estadual vai renovar a parceria com o Teatro Bolshoi no Brasil, destinando R$ 3,6 milhões neste ano. A direção da companhia, em Moscou, também ficou aliviada. É inquestionável o que a escola hoje representa não só com inclusão social, formação técnica educacional, cultural e artística, mas também para a imagem de Joinville, de SC e até do Brasil para o mundo.

Inconstitucionalidade
O procurador-geral da República, Augusto Aras, está pedindo a inconstitucionalidade de leis estaduais, inclusive de SC, que garantem aos defensores públicos requisitar de autoridade pública ou de seus agentes, exames, certidões, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e providências necessárias ao exercício de suas atribuições. Para a PGR as normais batem de frente com o artigo 5º da Constituição Federal.

Falsa pobreza
Foi julgada sexta-feira no TJ-SC uma ação tendo como autora uma moradora de Balneário Camboriú que tentava reverter decisão, refutada na corte, que lhe negou a justiça gratuita em uma demanda revisional contra instituição financeira. Apresentou declaração de hipossuficiência financeira e certidão negativa de bens imóveis. Mas a “inteligência” do Judiciário descobriu que ela é dona de quatro veículos, modelos Land Rover, BMW, Touareg e Crossfox. Para nossos padrões, uma mulher rica. E os que lhe deram a declaração e a certidão, sem se certificar do que lá atestaram, devem uma explicação. Se a tem.

MST solidário
O Movimento Sem Terra (MST) marcou a passagem de seus 36 anos em SC, semana passada, doando 10 toneladas de alimentos para as periferias da região da Grande Florianópolis e municípios do interior. Tudo produzido em seus assentamentos. São 140, onde vivem 6 mil famílias que ocupam cerca de 70 mil hectares de terra. Nesses espaços de produção de alimentos saudáveis há 26 escolas, oito cooperativas, rádios comunitárias e postos de saúde.

Linguagem
Sobre o assunto, comentado aqui na última coluna: não há como discordar de iniciativa da deputada estadual Ana Campagnolo (PSL), autora de projeto de lei propondo medidas protetivas aos estudantes de SC quanto ao estudo da língua portuguesa de acordo com a regra culta. Tem exemplos: numa prova de Biologia de colégio da Capital apareceu a estúpida expressão “alune” ao invés de aluno. Noutro, uma publicação da Udesc, a universidade do Estado, convida para uma “roda de egresses” e que “todes estão convidades”. Nem de brincadeira se pode tolerar tal agressão e tenta liberalidade ao nosso vernáculo, já tão desrespeitado.

Fila da córnea
Uma das inumeráveis consequências da pandemia é a redução dos transportes em geral, e de córnea em particular. Conforme a Central de Transplantes de SC, a fila para aquele procedimento em abril passado chegava a 402 pessoas. Até o início de 2020, antes da pandemia, não havia fila e os pacientes esperavam cerca de uma ou duas semanas, após a preparação. Hoje, as poucas córneas que chegam ao banco do Estado são reservadas para casos urgentes, como queimaduras químicas, traumas e lesões.


Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município Blumenau. Clique na opção preferida:

WhatsApp | Telegram


• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo