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Em dez anos, governo de SC retirou R$ 36 bilhões do orçamento para cobrir rombo na previdência

Impensável Parece impensável, mas é a realidade nua e crua. Nos últimos 10 anos, o déficit – a diferença entre o que o sistema previdenciário de SC arrecada com a contribuição dos servidores e o que é gasto com o pagamento de aposentadorias e pensões – cresceu 612,39%. Foi, em termos financeiros, de absurdos R$ […]

Impensável
Parece impensável, mas é a realidade nua e crua. Nos últimos 10 anos, o déficit – a diferença entre o que o sistema previdenciário de SC arrecada com a contribuição dos servidores e o que é gasto com o pagamento de aposentadorias e pensões – cresceu 612,39%. Foi, em termos financeiros, de absurdos R$ 4,8 bilhões em 2020. Mas o que impressiona mesmo é saber que entre 2009 e 2020, o governo retirou do orçamento (do contribuinte, evidentemente) a fábula de R$ 36 bilhões para cobrir aquela diferença. Fortuna que teria feito enorme diferença se aplicado em saúde, educação, infraestrutura viária, segurança pública….

Plantou, colheu
Em um recorte da pesquisa Datafolha publicada no último sábado apontando que pela primeira vez a maioria (54%) dos brasileiros se diz a favor da abertura de processo de impeachment de Bolsonaro ante 42% contrários, está que quem mais defende o afastamento do presidente estão as mulheres (59%), os jovens (61%), os mais pobres (60%), os moradores do Nordeste (64%), aqueles que se declaram pretos (65%) e homossexuais ou bissexuais (77%). Desde sua posse, em maior ou menor grau, às vezes brincando, noutras não, o capitão tem insultado, sem pudor, aqueles extratos da nossa população.

Fez certo
Sem perder tempo na discussão de quem deve ou não ouvir durante audiência pública, dia 19, para debater a Reforma da Previdência, a direção do Legislativo estadual agiu da melhor forma possível: abriu um prazo, que termina hoje, para inscrições de entidades representativas que desejem se manifestar. Depois disso define o calendário de tramitação da matéria.

Em Cannes
Nossa bela atriz corupaense Bruna Linzmeyer está em Cannes, na França, para assistir, hoje, à estreia de “Medusa”, da diretora Anita Rocha da Silveira, que aborda a pressão da sociedade sobre a mulher. Ela faz o papel de Melissa, uma mulher livre que paga um preço alto por não baixar a cabeça à sociedade.

Abuso contido
De lavar a alma a condenação, pela Justiça Federal em SC, das operadoras Oi, Telefônica Brasil, Claro e Tim Celular a devolverem proporcionalmente o valor do serviço de internet fixa e móvel cobrado e não prestado na fatura do mês subsequente, quando houver redução da velocidade de conexão contratada.

Impacto
Apesar do crescimento da economia, os impactos financeiros e econômicos da pandemia da covid-19 sobre o setor de gastronomia e de eventos em SC são dramáticos, diz o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SC), Raphael Dabdab. De cada dez restaurantes, três fecharam, e dos sete que ficaram cinco estão endividados. Antes da pandemia o segmento tinha 100 mil empregos diretos. Destes, 40 mil foram perdidos.

Faltou dizer
Faltou explicar, aqui, o motivo da escolha da data de 6 de setembro para a instituição, em SC, pela lei 18.151/2021, sancionada semana passada pelo governador Carlos Moisés, do Dia Estadual de Combate à Intolerância Ideológica. Foi em 6 de setembro de 2018 que o então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro, foi vítima de um atentado a faca, em Juiz de Fora (MG).

Intolerância
O deputado estadual Sargento Lima (PL) vai atrair holofotes quando vier para discussão projeto de sua autoria que proíbe qualquer servidor público estadual vinculado à Secretaria da Educação, no exercício de suas funções, de promover “com apreço” ou fazer “propaganda positiva” do comunismo, fascismo ou do nazismo. Perguntar não ofende: o capitalismo pode?

Piso ameaçado
Os vários conselhos profissionais de SC convalidaram manifesto de suas entidades nacionais contra medida provisória que ameaça o piso salarial de várias categorias. O governo diz que ela “melhora o ambiente de negócios”. Mas a ameaça maior está em uma emenda que propõe a flexibilização da fiscalização, através de “licenças automáticas”, retirando a exigência de responsável técnico habilitado para projetos de instalações elétricas, por exemplo.

Palmas
Nos altos escalões da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) foi recebido com alívio o fim da longa gestão de Paulo Skaf na presidência da congênere paulista (Fiesp). Incomodava imensamente vê-lo usar a entidade muito mais para fins político-partidários e pessoais do que os corporativos da classe, tendo como marca a bajulação a quem estivesse no poder.