Foragido desde 2020, idoso condenado por estupro tem pedido de prisão domiciliar negado
Deboche
Beira a deboche ao Judiciário de SC a iniciativa de um homem de 70 anos, condenado a 26 anos e oito meses de reclusão por homicídio qualificado e estupro de vulnerável, que pela quarta vez, a última nesta semana, teve negado pedido de prorrogação de prisão domiciliar. Detalhe: ele está foragido desde setembro de 2020.
Esqueçam disso
No entorno do governador Carlos Moisés há uma ordem não dita por ninguém, mas que fica quase que dita pelo comportamento do chefe do Executivo: que ninguém mais faça referência a impeachment. Quer que se esqueça isso e que tenha plenas condições de governar, sem ter fantasmas pairando.
Transformação
Em audiência pública, anteontem, promovida pela Câmara dos Deputados, a deputada estadual Paulinha (PDT) defendeu ardorosamente a recategorização da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, que fica entre Bombinhas e Florianópolis. Assim, pode ser transformada em um parque nacional, como Fernando de Noronha e Abrolhos. Ecochatos são contrários, lógico. Para ele o contribuinte tem que bancar tudo. Não consideram que assim pode ser sustentavelmente segura a partir da exploração da visitação assistida e do mergulho contemplativo, por exemplo. De quebra, criaria muitos empregos.
Sabotagem?
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, evita a palavra “sabotagem”, mas a insinua na crítica ao governo federal que vem ignorando a regulamentação da lei 14.124, que autorizou a aquisição de vacinas pelos estados e prefeituras, além de insumos e contratação de bens e serviços destinados à vacinação da Covid. Loureiro é presidente do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras e está perto de botar a boca no mundo sobre as dificuldades dos prefeitos interessados em adquirir os imunizantes.
Saúde mental
O sofrimento psíquico dos alunos da UFSC durante a pandemia é motivo de uma pesquisa, cujos primeiros resultados estão aparecendo. Um quarto dos 1.624 estudantes de graduação e pós-graduação no segundo semestre de 2020 afirmou possuir algum diagnóstico psiquiátrico (26%) e quase um quinto assinalou que utiliza medicação psiquiátrica por prescrição médica (19,6%). Mas um dado que chamou a atenção foi que mais de um terço (35,3%) assinalaram já terem se sentido discriminados dentro da universidade, principalmente por professores ou por colegas. Quase metade deles afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência na UFSC (49,8%), com destaque para o machismo (17,1%) e para o assédio moral (10,2%).
Educar em casa
Evolui no Congresso Nacional e no Parlamento catarinense o polêmico projeto que prevê a inclusão, na legislação federal e estadual, da educação domiciliar, modalidade na qual os próprios pais ficam encarregados de prover o ensino dos filhos, que ficam desobrigados de comparecer à escola. No Congresso uma das principais ativistas da causa é a deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC).
Nada mal
Apesar de tudo a vacinação contra a covid-19 em SC vai bem: há quase 1,9 milhão de vacinados, dos quais 1,2 milhão com a primeira dose e perto de 700 mil com a segunda, até ontem.
Lavagem bilionária
Assusta o noticiário sobre crimes financeiros. Ontem a Policia Federal caiu em cima de uma organização que teria lavado R$ 2,5 bilhões. Nome da operação: Black Flag.
Inacreditável
Parece irreal, mas é verdade. Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu evitar o prosseguimento de uma ação movida contra o Brasil nos Estados Unidos que poderia gerar prejuízos de aproximadamente US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) aos cofres públicos. O processo por danos físicos e morais foi ajuizado por um cidadão norte-americano extraditado em 1992. Moveu a ação alegando supostas ilegalidades no processo de extradição e fez acusações não comprovadas sobre o governo brasileiro, como a de que teria sofrido tortura durante o período em que ficou preso e de que chips eletrônicos foram implantados em seu cérebro com o objetivo de controlar suas atividades e pensamentos.
Tem mais
Nos dois casos em que o MP-SC quebrou o sigilo de notificação de iminente prejuízo a patrimônio coletivo, a ele levada pelo responsável por este espaço, há um detalhe a acrescentar: numa delas, o texto foi fotocopiado, provavelmente dentro do próprio MP, e distribuído publicamente, expondo seu autor de forma vexatória. Alguém teve o capricho de deixar uma cópia na caixa de correspondência do colunista que, assim, de forma altruísta, para evitar danos a muitas pessoas, se transformou no vilão.