Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Governador Moisés aparecerá de arma na mão no horário eleitoral da TV

Arma na TV
Nestes momentos tão conflagrados pela política, eis que o governador Carlos Moisés quer botar gasolina no incêndio ao prometer aparecer atirando com pistola no horário eleitoral da TV, que começa hoje. Quer mostrar o quanto as forças de segurança estão equipadas e que por isso SC é o lugar mais seguro do país. Lógico que viralizou nas redes sociais. A mensagem não merece nenhum reparo; a forma, a ilustração dela, sim. Poderia ser mais criativa, sem avivar a violência, embora indireta. É crítica de pacifista.

Protesto
Enquanto as grandes entidades da sociedade organizada de SC ainda se calam, as que estão abaixo delas, afiliadas, como a CDL de Florianópolis, vem a público, corajosamente, bater no Supremo Tribunal Federal pela recente operação policial que autorizou contra um grupo de empresários. “É apenas o mais novo episódio de violência estatal a que estão acometidos os empreendedores brasileiros, alijados do direito de participar do debate político e de externar suas opiniões, quaisquer que sejam”, afirma.

Mão fechada
Para sua sorte – caso contrário a reação certamente seria bem mais contundente, talvez até a prisão – o empresário Brusque Luciano Hang, bem como os sete outros que foram alvo da Polícia Federal nesta semana, não fez doações de campanhas neste ano, conforme os registros do Tribunal Superior Eleitoral, agora presidido pelo ministro “supremo” Alexandre de Morais, que ordenou a polêmica operação.

Assédio moral
Em ação civil pública contra o prefeito e três secretários do município de Aurora, no Alto Vale do Itajaí, por abuso de poder e assédio moral, consta que o chefe do Executivo obrigou servidores que estavam em teletrabalho por causa da covid-19, a tirarem a licença-prêmio sem que eles requeressem esse direito. Abusado.

De arrepiar
Causam arrepios algumas ações que vem sendo julgadas no Judiciário de SC. Nessa semana, numa câmara criminal manteve-se condenação de um homem que abusou sexualmente de uma cadela de quatro anos, em cidade do Meio-Oeste. Foi sentenciado à pena de três anos, sete meses e seis dias de reclusão, em regime semiaberto, e 151 dias-multa. Previdentemente, os juízes também determinaram que ele também está proibido de ter cães e gatos pelo tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade.

Cruz e espada
Os prefeitos de SC devem garantir a aplicação do piso nacional ao vencimento básico do magistério público e a incidência às demais classes/padrão, se assim estiver previsto no plano de carreira; mas, ao mesmo tempo, precisam respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), adotando, caso necessário, medidas para a recondução aos limites, sob pena de sanções legais. Assim entendeu o Tribunal de Contas do Estado ao responder consulta da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam).

Não pago
Na Justiça do Trabalho catarinense há atualmente 49,3 mil ações em que o devedor, depois de intimado, se recusa a pagar a dívida reconhecida em sentença judicial. Outras 20,7 mil estão no arquivo provisório – quando já se esgotaram as tentativas de se cobrar – totalizando 70 mil processos julgados e ainda não executados. São tantos que o TRT-12 criou a Secretaria de Execução de Precatórios para impulsionar as execuções e promover a cobrança judicial , priorizando dos grandes devedores.

Piada pronta
Neste país da piada pronta tudo parece permitido. Há uma denúncia de que a companhias telefônicas não estão repassando a redução de ICMS para fatura, tal como fazem algumas safadas distribuidoras de combustíveis com os postos de abastecimento quando eles baixam nas refinarias. A alíquota, que em SC era de 25%, caiu para 18%.

Foi
Velhos tempos aqueles em que Florianópolis, tendo como palco a praia da Joaquina, sediava apoteóticas etapas de campeonatos mundiais de surf, da segunda e primeira divisão. Velhos. Pelo visto, seus promotores acharam lugares melhor convidativos no Brasil, sob vários aspectos, como Saquarema, no Rio de Janeiro, cuja etapa brasileira, na última semana de julho, movimentou R$ 73 milhões apenas na cidade.

Proposta de Ciro
Causa arrepios na classe produtiva a mais importante proposta do presidenciável Ciro Gomes, que é de instituir um imposto para grandes fortunas (acima de R$ 20 milhões) e assim constituir uma espécie de fundo para financiar um programa de renda básica universal de R$ 1 mil para os mais pobres.

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