PT vai ao STF contra decreto que proíbe linguagem neutra em escolas de SC
Linguagem neutra
Segue a polêmica: o PT ajuizou no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de Inconstitucionalidade 6925, contra decreto do governo de SC que proíbe o uso de linguagem neutra de gênero nas escolas e nos órgãos públicos do Estado. Como aqui informado, o decreto estadual 1.329/2021 proíbe as instituições de ensino em SC, independentemente do nível de atuação e da natureza pública ou privada, e os órgãos da administração pública estadual, de utilizarem, em documentos oficiais, novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas e nacionalmente ensinadas. Para o PT a proibição viola os princípios constitucionais da igualdade, da não-discriminação, da dignidade humana e do direito à educação. O ministro Nunes Marques é o relator da ação.
Estranha agenda
O mais estranho na ainda oficiosa agenda da visita de Bolsonaro a SC, dias 6 e 7 de agosto, é um evento programado para Joinville: um almoço com os empresários organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Perguntar não ofende: a nossa Fiesc será convidada? Outra parte da agenda, dia 7, é uma motociata em Florianópolis.
Atarefado
O senador Dário Berger (MDB-SC) mal teve tempo para respirar, anteontem. É que como presidente da Comissão de Infraestrutura, coordenou a concorrida aprovação de oito indicações para os cargos de diretoria das poderosas agências reguladoras de diferentes setores. E qualquer poste sabe que muitos são indicados politicamente.
Resposta
A UFSC emitiu nota acerca do tal curso de extensão com temática envolvendo o “enfrentamento ao agronegócio”. Diz ser uma “narrativa construída de forma midiática e enganadora”, que valoriza a pluralidade de ideias, o debate e a construção coletiva da realidade, etc. etc., mas não explica porque ela tem que discutir o “enfrentamento do agronegócio”, ao mesmo tempo que tem como parceiras inúmeras empresas, como Epagri e Embrapa, grandes responsáveis pelo agronegócio catarinense e brasileiro.
Impacto
Ativista extremado em todas as ações que visem imunizar a população contra o covid-19, o deputado estadual Vicente Caropreso, que é médico neurologista, atende semanalmente pacientes com sequelas da doença e se impressiona com seu impacto devastador. Não só quanto a algumas sequelas, como a falta de memória, de concentração e de organização da vida delas, mas, acima de tudo, dependendo do que aconteceu na família, de extrema ansiedade e medo. E ainda tem gente desmiolada que não quer a vacina….
Tapas e beijos
A mesma Assembleia Legislativa que esta semana produziu uma dura nota de repúdio à UFSC é a mesma que há poucos dias aprovou moção de parabéns a Débora Peres Menezes, professora do Departamento de Física da instituição por ter sido a primeira mulher, em 55 anos, eleita presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF), a maior sociedade científica do país em número de sócios.
Nenhum dos dois
A maior novidade de uma pesquisa nacional com 1.500 eleitores divulgada ontem mostrando que Lula lidera a corrida para 2022 com 41%, contra 24% de Bolsonaro, é um contingente de 31% que não quer nenhum dos dois. É a chamada terceira via começando a aparecer.
Desestímulo
Apesar dos esforços e promessas – como um salário de no mínimo R$ 5 mil para professor da rede pública estadual com graduação – o desestímulo ao profissional é gritante. O Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte) diz que um professor com 12 anos de experiência, que invista na carreira e faça um mestrado, ganharia, hoje, risíveis R$ 9 a mais no salário. E caso faça um doutorado, mais R$ 4.
Nossa índole
Sente-se vontade de chorar e sumir quando se toma conhecimento da ilimitada índole de um povo, como o nosso. O motivo da hora: estima-se em quase 30 mil as pessoas que tomaram três ou mais doses de vacinas contra o coronavírus. Gente que é loba de gente, que dá valor zero à vida, ignorando que o princípio maior da existência é desejar ao outro o que se deseja para si mesmo.
Ciclovias
Com os combustíveis alçando valores absurdos, a bicicleta ganha espaço como meio de transporte. Mas onde está o incentivo público? Projeto em trâmite na Assembleia Legislativa prevê que as obras municipais de pavimentação custeadas pelo Estado deverão contar, obrigatoriamente, com ciclorotas, ciclovias, ciclofaixas ou faixas compartilhadas. Custa tão pouco!
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