Quase dois anos após começo da pandemia, deputados catarinenses insistem em negacionismo
Negacionismo
Continua incólume o negacionismo de alguns parlamentares catarinenses, como o deputado Sargento Lima, autor de projeto que dispensa a apresentação do cartão de vacinação contra a Covid-19 para acesso a locais públicos e privados de SC. Pretende também proibir a exigência do comprovante para atendimento médico ou ambulatorial, inclusive cirurgias eletivas; nos serviços de saúde pública ou privada; nas escolas públicas e privadas e que não se aplique penalidades a servidores públicos não vacinados. Para ele, cabe às famílias decidirem se vacinarão seus filhos menores de idade. Justificativa: “O cidadão catarinense deve exercer o seu direito constitucional de ir e vir”. Faltou dizer: desde que não prejudique a si e aos outros.
Histeria ambientalista
Na série de audiências pelo interior do Estado, promovidas pela Assembleia Legislativa, para atualizar o Código Estadual do Meio Ambiente, vê-se o quanto o histerismo ambientalista é capaz. É lógico que há bem intencionados e boas intenções, mas também há delírios inaceitáveis. O município de Água Doce, por exemplo, que tem 1,8 mil quilômetros de estradas, as muitas araucárias, velhas ou castigadas por tempestades, que caem sobre o leito transitável, não podem ser cortadas, o que impossibilita até o trânsito para moradores e para atender os maquinários dos produtores. Essa gente, que trabalha em gabinetes refrigerados e distante completamente da realidade, precisa aprender o significado das palavras equilíbrio, bom senso e sustentabilidade. Só isso seria o bastante para neutralizar seus desatinos.
A mãe ofendida
Qual árbitro de futebol que não foi ofendido mas mesmo assim levado a atitude do torcedor na esportiva? Mas há exceções. Um deles teve negado no TJ-SC pedido de indenização não por ofensa à aquela que lhes deu a luz, como é mais comum, mas porque três torcedores, durante um jogo, o chamaram de “ladrão de gasolina da polícia”, em referência a um processo que ele responde no Ministério Público Militar.
Cabeça-de-burro
Cabeça-de-burro, nos nossos dicionários, é o mesmo que encosto, coisa ruim, mau agouro, atraso de vida, algo que tem tudo para não dar certo. Pois só foi haver uma manifestação de interesse por um grande investimento, esperado há décadas, no deslumbrante alto da Serra do Rio do Rastro, que a concorrente contrariada não esperou um dia para contestar a vitória da adversária. Quem tem razão são outros quinhentos mas o fato confirma parecer haver mesmo uma cabeça-de-burro enterrada por lá, tal as dezenas de intenções e planos que nunca vingaram.
Porteira aberta
Alguns políticos do primeiro time de SC – e nas reuniões partidárias o assunto tem sido cada vez mais recorrente – começam a se preocupar com o que acontecerá assim que Carlos Moisés decidir em que partido irá se filiar, o que deve acontecer só no início de 2022. Em todas as agremiações há ressentidos, desprestigiados, magoados e traídos pelos caciques de cima, que não veem a hora de se vingar, isto é, bandear-se para onde o governador for.
Cota parlamentar
Será de cerca de R$ 8,2 milhões o valor que cada um dos 40 deputados estaduais terá em 2022 na rubrica “emenda parlamentar impositiva”, que o governo do Estado tem que disponibilizar obrigatoriamente, tirando o valor do seu orçamento. É uma operação tão complexa que os servidores dos 40 gabinetes estão recebendo um treinamento para fazer o cadastramento. Nos municípios, receber recursos de emendas tem virado festa, no bom sentido, porque elas atendem demandas nem sempre lembradas, como a cultura e o esporte.
Prisão de devedores
Diante do arrefecimento da pandemia, do avanço da vacinação e da prioridade da subsistência alimentar de crianças e adolescentes, o Conselho Nacional de Justiça publicou recomendação orientando os magistrados a voltarem a decretar prisão de devedores de pensão alimentícia, em especial daqueles que se recusam a se vacinar para adiar o pagamento da dívida.
Novo cangaço
Longe de, aqui, se defender a justiça feita pelas próprias mãos. Mas é interessante se notar um novo comportamento da grande mídia nacional acerca dos 26 mortos em Minas Gerais em uma operação policial contra o chamado “novo cangaço”(assaltos monumentais a bancos). Se manteve neutra, cuidadosamente. Talvez convencida de que aqueles mortos realmente não estavam tentando fazer alguma coisa boa.