Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Vacinação contra Covid-19 em crianças apresenta números baixíssimos em SC

Descuido
Custa a acreditar que o catarinense, historicamente sempre ciente de seus deveres familiares e cívicos, dentre outros, tenha chegado a tal relaxamento, relatado por autoridades estaduais de saúde no início desta semana, demonstrando que na segunda-feira somente 524 crianças das 200 mil crianças na faixa etária de 3 a 4 anos haviam recebido a vacina contra a covid-19. O governador Carlos Moises foi às redes sociais fazer um apelo aos pais, enfatizando que só a vacina vai livrar nossas crianças da doença e reduzir a superlotação de leitos infantis em SC. Quanto a vacina contra a gripe Influenza, por exemplo, o relaxamento é o mesmo: na imunização da faixa etária entre seis meses e cinco anos SC tem no momento a 14ª posição no país.Durante décadas esteve entre os Estados que mais vacinaram.

Bandeira branca
Tanto nas hostes de Carlos Moisés como nas do MDB, há bombeiros em ação para apagar o incêndio nas relações entre os ex-prefeitos de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, preterido na sua intenção de ser candidato do partido a governador, e o ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler, o escolhido para vice na chapa encabeçada pelo governador. As labaredas não estão mais tão infladas.

Voto e armas
Em extensa reportagem, o jornal “O Estado de S. Paulo” publicou que os chamados CACs (colecionadores de armas, atiradores e caçadores) se articulam para a partir de 2023 formar uma bancada no Congresso e que hoje, em todo o País, há 34 pré-candidaturas a deputado federal, senador e governador de nomes ligados à Associação Proarmas, a mais representativa da classe. De SC são Julia Zanatta, para deputada federal; Jorge Seift Junior, para o Senado; Leticia Mattos, para deputada estadual; e Jorginho Mello, para governador, todos do PL.

Bandeira pisoteada
A atenta leitora Etel Kretzschmar opina: “Na mesma semana, dois brasileiros nos Estados Unidos, protagonizaram cenas muito diferentes com a bandeira do Brasil. No Oregon, o atleta Alison dos Santos, paulista de São Joaquim da Barra, logo depois de vencer o ouro inédito para o país no Mundial de Atletismo, na prova dos 400m com barreiras, pegou a nossa bandeira e a enalteceu como símbolo da sua vitória. De origem humilde, batalhador, enfrentou corajosamente tragédias pessoais desde criança. Venceu por mérito pessoal, e demonstrou seu orgulho em ser brasileiro. Uma imagem muito bonita de se ver. Em um show em São Francisco, a cantora Bebel Gilberto, filha de João Gilberto e sobrinha de Chico Buarque, nascida em Nova Iorque, de origem abastada, com uma carreira medíocre calcada no sobrenome familiar, depois de receber uma bandeira do país no palco, cheia de frustração e ressentimento, a pisoteia sambando por cima dela com vontade. Uma cena lamentável e triste, ainda mais tratando-se de uma artista que canta música brasileira. Duas atitudes, dois valores, duas visões e sentimentos completamente diferentes a respeito dos símbolos que nos unem como pátria”.

Memória viva
A convite da presidente da OAB-SC, Cláudia Prudêncio, o desembargador aposentado João José Ramos Schaefer lançará na sede da seccional, hoje, às 19 horas, o livro “O Direito por Ideal”. Trata-se de sua biografia. Schaefer foi presidente da OAB-SC em três ocasiões, entre 1971 e 1989, e desembargador de 1990 a 2022. Parte da receita obtida com a venda da obra será destinada ao Instituto Padre Vilson Groh e ao Hospital de Trombudo Central.

Sem Floripa
Inexplicavelmente, o Datafolha costuma ignorar SC nas suas pesquisas eleitorais. Por isso se fica sem saber se em Florianópolis, na disputa pelo voto jovem nas eleições de outubro, Lula teria a invejável pontuação, divulgada ontem, feita somente com pessoas de 15 a 29 anos de 12 capitais. Nelas o ex-presidente chega a 51% das intenções, contra 20% de Bolsonaro.

Caras de pau
Três notícias, ontem, que deprimem: Edir Macedo pede que fiéis deixem bens para a igreja (a dele, evidentemente) antes de morrer; em entrevista, o ex-ministro Jose Dirceu diz que o mensalão “não existiu”; e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz Fachin, afirmou que não se “tolerará violência eleitoral”. Tem moral para isso? Para lembrar: Fachin anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná ao ex-presidente na Operação Lava Jato. Assim recuperou seus direitos políticos. Isso não deixa de ser uma violência?

Signatário
O midiático manifesto divulgado anteontem pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro, tem mais de 3 mil assinaturas. De SC a coluna localizou um solitário nome. É o do professor universitário José Eduardo De Lucca.

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