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“Reajuste salarial proposto impactaria em R$ 0,22 na tarifa”, diz BluMob

Empresa se manifestou sobre paralisação no transporte coletivo de Blumenau ocorrida nesta quinta-feira

A empresa responsável pelo transporte coletivo de Blumenau, a BluMob, manifestou-se sobre paralisação dos trabalhadores ocorrida nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 31. Segundo os representantes patronais, houve desrespeito à lei que regulamenta o direito de greve.

Na nota, a BluMob garante estar com as reuniões da negociação salarial em dia, diferente do que afirma o sindicato dos trabalhadores. O Sindetranscol fará uma coletiva de imprensa no fim desta manhã para falar sobre o assunto. De acordo com a empresa, para atender aos pedidos dos colaboradores seria necessário aumentar a tarifa em R$ 0,22.

Confira a nota na íntegra:

Nesta quinta-feira, 31 de outubro, sem qualquer comunicação prévia, desrespeitando milhares de usuários e a legislação, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo promoveu greve, paralisando integralmente o sistema de transporte coletivo de Blumenau desde as 3h. Toda a estrutura pronta para prestação dos serviços foi bloqueada nos terminais e garagem.

A convenção coletiva da categoria encontra-se plenamente respeitada e ainda em vigor. Reuniões foram realizadas nos últimos dias e a negociação salarial encontra-se em andamento, inclusive com propostas em mesa e tentativa de novas rodadas na próxima semana, sem qualquer necessidade de promover prejuízos à sociedade como ocorreu.

O sindicato reivindica aumento real de 5%, além da reposição pela inflação, o que resultaria em quase 8% de reajuste salarial. Além disto, aumento de 10% no vale alimentação mensal (R$ 880,00), alteração da data base e mudança na nomenclatura dos cobradores. Solicita ainda revisão de dezenas de cláusulas da convenção coletiva. 

Cientes de que todo o custeio da tarifa recai sobre o passageiro pagante e que só o reajuste salarial proposto impactaria a tarifa em aproximados 22 centavos, sem contar ainda demais pontos solicitados, evidente a necessidade de discussão do tema com responsabilidade e razoabilidade.  

Nos últimos anos foram concedidos aumentos corrigidos pela inflação, além de avanços em benefícios. Os salários também tiveram reajuste real de 1% anualmente, conforme consta da convenção coletiva, ou seja, sempre com aumento real e em condições mais privilegiadas que a grande parte das categorias.

A proposta da empresa foi de renovar todos os termos da convenção coletiva, reajustando salários e benefícios pela inflação de 12 meses, aguardando índice do INPC de outubro, como é praxe. Proposta alternativa para avanço em outros pontos foi colocada em mesa e em ata, permitindo assim que pontos sejam negociados entre as partes. 

A empresa confia na via negocial, disposta a continuar discutindo os temas, sem prejuízos à cidade e aos funcionários. As medidas judiciais serão tomadas considerando a ilegalidade da greve.