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Reitora da Furb avalia processo do federalização da universidade após eleições presidenciais

Empresa contratada pela Prefeitura de Blumenau já realiza estudos patrimoniais

A reitora da Furb, Marcia Sardá Espíndola, conversou com o jornal O Município Blumenau na última semana de dezembro sobre o andamento do processo de federalização da universidade após as eleições presidenciais. Segundo a reitora, tudo dependerá de resultados dos estudos de viabilização do projeto e da agilidade do Ministério da Educação (MEC).

Marcia explica que, no momento, uma empresa de contabilidade contratada pela Prefeitura de Blumenau está realizando um estudo para descobrir se a ideia é viável e benéfica para a Furb. Em conjunto, também está sendo levantado um estudo patrimonial da Furb.

“O levantamento patrimonial foi um pedido da prefeitura. Nós queremos deixar tudo pronto da nossa parte. Quanto ao MEC, depois da eleição tudo parou, não tocaram mais nada. A pausa é até compreensível pelo momento, corte de verbas e tudo mais. Mas nós, (Furb) nunca paramos. Se chegarmos a conclusão que é viável federalizar, vamos seguir lutando, porém, se não for, vamos encerrar o assunto”, conta a reitora.

Estudos

No dia 23 de agosto deste ano, a universidade recebeu o ex-ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, para uma reunião de trabalho com os reitores da Associação Catarinense de Fundações Educacionais (ACAFE) e lideranças do Vale.

Na ocasião, o ex-ministro e a reitora assinaram um Termo de Compromisso que tem como objetivo, realizar a ação que está sendo feita agora: “a conjugação de esforços dos partícipes, dentro de suas respectivas competências/atribuições, com vistas à realização de estudos de viabilidade técnica para a federalização da Furb”, com prazo de vigência de seis meses, contados da data da assinatura.

“Quando recebemos a visita, o então ministro buscou e encontrou 12 processos (pedidos) de federalização, ou seja, é um sonho antigo. O que acontece é que a viabilidade nunca foi estudada, e é isso que estamos fazendo agora. Eu acredito que será viável, mas precisamos chegar a essa conclusão, que deve vir até o meio do ano (2023). Quanto ao MEC, esperamos que tudo ande mais rápido”, complementa.

Sonho antigo

Ainda segundo a reitora, o “sonho” de federalização da Furb é antigo. No dia 9 de novembro deste ano, foi dado o último passo até os estudos atuais. Na ocasião, o vice-reitor da universidade, João Luiz Gurgel da Silveira, avaliou como muito proveitosa a reunião realizada na tarde daquela quarta-feira em Brasília.

“Apresentamos o projeto lá e me lembro que o então senador Jorginho falou que tínhamos feito o dever de casa, ao contrário do MEC, que não havia dando continuidade na parte deles.

Acompanhado do prefeito Mário Hildebrandt, do procurador geral do município, Júlio Augusto Souza Filho, do pró-reitor de ensino da Furb, Romeu Hausmann, da professora e advogada, Sandra Krieger e do assessor de planejamento da Universidade, Danrlei Peyerl, o vice-reitor apresentou ao ex-secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas de Souza, o estudo jurídico realizado pela equipe da Furb.

“O secretário recebeu muito bem este trabalho sobre a dimensão jurídica e ressaltou o avanço dos trabalhos técnicos realizados pelas equipes”, contou Gurgel à época.

Segundo ele, ficou claro que a estratégia para dar andamento ao processo de federalização era a criação de dois projetos de lei, sendo um federal, de criação da Universidade Federal do Vale do Itajaí, e outro municipal, com a cessão de servidores e estudantes, o que foi feito pela Furb.

Universidade gratuita

A Furb é a única universidade de Blumenau que faz parte da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), ou seja, ela faz parte do Programa Faculdade Gratuita, projeto proposto pelo governador eleito por Santa Catarina, Jorginho Mello.

No programa, a proposta é para que todas as universidades do sistema Acafe passem a ser gratuitas.

“A ideia só vem a nos ajudar, seria ótimo para Furb e também para todos os alunos que gostariam de estudar aqui. Já estamos com números muito positivos, inclusive, já matriculamos quase 1.300 alunos, um recorde se olharmos para os últimos anos. Sempre abríamos as matrículas em janeiro, porém, desta vez, abrimos em dezembro e nos surpreendemos com o resultado”, conclui.

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