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Furb recusa proposta dos servidores; saiba quais serviços podem ser afetados por paralisação

Atendimentos de saúde da universidade podem ser impactados caso greve evolua

Na tarde sexta-feira, 11, houve a reunião de negociação entre o Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau (Sinsepes) e a gestão superior da Universidade Regional de Blumenau (Furb). A reitoria optou por manter a proposta, mesmo que os servidores já tenham sinalizado que podem entrar em paralisação caso o reajuste salarial abaixo do esperado seja aprovado.

Durante a negociação, cerca de 150 servidores da universidade se reuniram em frente ao gabinete da reitora. A manifestação buscava demonstrar o descontentamento da categoria pela falta de um reajuste salarial nos últimos três anos. O sindicato calcula que a defasagem salarial causada pela inflação durante a gestão é de 25,2%.

Saiba mais: Servidores da Furb ameaçam paralisação caso reitoria não apresente reajuste salarial

A proposta da reitoria (reajuste de 6% com vale-alimentação de R$ 400) será analisada pelo Conselho Universitário, órgão máximo da instituição. O Consuni é soberano, formado por representantes de todos os públicos da comunidade acadêmica. A decisão será tomada na próxima quinta-feira, dia 17.

Antes disso, na quarta-feira, 16, o Sinsepes realizará uma nova assembleia, para definir os rumos do movimento. Na data, o pró-reitor de administração da Furb, Jamis Piazza, apresentará os números da universidade para os servidores.

Impactos da paralisação

Caso a proposta seja acatada pelo Consuni, o sindicato pode decretar uma paralisação. De acordo com o presidente do Sinsepes, Morilo José Rigon Junior, a adesão ao movimento tem crescido nos últimos dias. O envolvimento de diversos setores pode afetar os atendimentos que a universidade presta à comunidade.

“Calculamos que em uma semana de paralisação deixaríamos de realizar mais de 100 consultas médicas de especialidades para nossa população. Mais de 400 exames laboratoriais. A universidade é muito mais do que apenas ensino”, ressalta.

Dentre os atendimentos prestados pela universidade estão tratamentos odontológicos, médicos e a Central Pós-Covid, que ampara pacientes que sofrem com as sequelas da doença. Atendimentos veterinários também são ofertados pela Furb.

“A greve em si ninguém quer. Mas a greve é um remédio amargo e necessário quando estão exauridas as possibilidades de diálogos, construção de uma proposta e reconhecimento e valorização do servidor”, comenta Morilo.


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