+

Relatório aponta que mulheres ganham 28,2% a menos que homens em Santa Catarina

Documento reúne informações de mais de 2,7 mil empresas catarinenses com 100 ou mais funcionários

As mulheres ganham 28,2% a menos do que os homens em Santa Catarina. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 4.149,13, enquanto a das mulheres é de R$ 2.976,49. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência por lei.

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). Em Santa Catarina ,a diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 39,7%.

No total, 2.714 empresas catarinenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 924,4 mil pessoas empregadas. O relatório foi apresentado no último dia 18. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 29,4% a menos no estado. No primeiro ciclo, 2.692 empresas catarinenses enviaram informações referentes a 915,1 mil empregados.

Recorte por raça

No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras em Santa Catarina (91.552) é muito inferior ao número de mulheres não negras (305.480). As mulheres negras recebem, em média, 26,4% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 28,1%.

O documento registrou, que, em Santa Catarina, 52,3% das empresas possuem planos de cargos e salários; 28% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 34,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 19,5% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 16,2% dos estabelecimentos contam com a política.

O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

Recorte nacional

No Brasil, as mulheres ganham 20,7% a menos do que os homens, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial. No total, 50.692 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 27%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, recebem menos do que as mulheres brancas.

Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.745,76, a da não negra é de R$ 4.249,71, diferença de 54,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.493,59 e os não negros, R$ 5.464,29, o equivalente a 56,4%.

Leia também:
1. Transporte coletivo de Blumenau tem mudanças de horários a partir de segunda-feira
2. Homem apanha de vizinhos após atear fogo na casa em que morava com a companheira, em Blumenau
3. Saiba qual foi o prato que fez blumenauense chegar no Top 10 do Masterchef Brasil
4. Paciente que se transferiu por conta própria para hospital particular de Blumenau perde ação em que pedia indenização
5. Homem é preso após quebrar móveis e objetos de casa na frente da mulher grávida em Blumenau


Veja agora mesmo!

Linguiça Blumenau é produzida por família há 35 anos na Itoupava Central:

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo