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Relembre quatro lojas antigas que marcaram na história de Blumenau

Empresas marcaram a memória e a vida de muitos trabalhadores blumenauenses

A ausência de lojas que marcaram a história de Blumenau, ou pelo menos de um grande grupo de moradores, vem gerando cada vez mais saudosismo e comoção nas redes sociais. Algumas lojas acabaram fechando as portas por falência ou por terem sido adquiridas e incorporadas por empresas maiores.

Durante todos esses processos, muitos comércios conhecidos foram esquecidos no passado e nas memórias dos moradores. Relembre nesta reportagem quatro lojas que, de alguma forma, fizeram parte da vida de muitos blumenauenses.

Loja do Gugu

Desfrutando do auge da carreira durante a década de 80, Augusto Liberato, o Gugu, surpreendeu o Brasil após anunciar seu mais novo empreendimento, as Lojas do Gugu. O negócio começou por volta de 1995 e o apresentador de televisão emplacou unidades em diversas cidades do Brasil, sendo uma delas Blumenau.

Cartão de visitas distribuído na abertura da loja de Blumenau. A BOINA/Arquivo pessoal

Em 1996, a loja desembarcou na cidade e causou comoção. Localizada no antigo Continental Outlet Center (que fechou nos anos 2000), a abertura do espaço surpreendeu o público, pois contou com a presença do apresentador. O endereço fica às margens da rua Dois de Setembro, no bairro Itoupava Norte.

Reprodução

A loja teve um início positivo, porém, em 2002, Gugu passou o controle das lojas para outro empresário e o valor da transação nunca foi revelado. Porém, os planos do novo proprietário não deram certo e a loja desapareceu do mercado. O espaço, que já foi uma policlínica, atualmente é o Centro de Saúde Rosânia Machado Pereira.

Lojas Prosdócimo

Disputando o mercado com a Hermes Macedo, a Prosdócimo foi uma das lojas mais tradicionais de Blumenau. Nas décadas de 70 e 80 a empresa tinha mais de 20 lojas espalhadas por Santa Catarina e Paraná. A loja de Blumenau ficava situada defronte à esquina da rua XV de Novembro com a Padre Jacobs.

Muitas lojas eram padronizadas e vendiam presentes, moda masculina, eletrodomésticos, bicicletas e outras coisas no andar térreo. Os móveis ficaram no primeiro andar enquanto produtos para cozinha e parte do financeiro ficavam no segundo e no terceiro.

“A Prosdócimo vendia também bicicletas de marca própria e concorria com Monark, Goricke, Erlan. O gerente da loja de Blumenau era o Aldrovino Castanho e depois Antenor Osti”, citou o historiador Aluizio Haendchen Filho.

Aluizio Haendchen Filho/Arquivo pessoal
Na imagem é possível perceber a fachada da loja e os carros da época. Na ocasião, as faixas estendidas declaravam uma promoção naquele mês. As promoções aconteciam geralmente após o Ano Novo, para queima de estoque.

Casa do Americano

A Casa do Americano teve um de seus grandes momentos com a instalação da seção agrícola, que vendia tratores Ford e Fordson. O empreendimento passou a oferecer à clientela um sortimento de implementos agrícolas, desde arados, grades de discos e enxadas rotativas.

Lilian Rosane Pires/Arquivo pessoal

As inovações deram um impulso verdadeiramente revolucionário à lavoura da região. Em 1939, a firma individual do senhor John L. Freshel foi transformada em sociedade anônima, e sua diretoria passou a ser composta pelo diretor-presidente Alfred Freshel, pelo diretor-gerente Arthur Rabe Júnior, pelo diretor-técnico Schali Jensen e pelo diretor-jurídico Luiz de Freitas Melro.

José Ferreira da Silva/Arquivo pessoal
Em 1947, a recém-inaugurada filial de Ibirama adotou como lema “Nossa divisa é servir”. Esta imagem de 1960 mostra o setor de vendas de veículos da loja localizada na rua XV de Novembro, 487, onde hoje fica a Casas Bahia.

Loja Hermes Macedo

Em 12 de maio de 1952, Hermes Macedo S/A inaugurava uma filial em Blumenau. Era a quinta loja da organização e a primeira fora do Paraná. O prédio fora alugado de Teófilo Zadrosny e o projeto de reforma foi do arquiteto Rubens Meuster.

Em 1963 a loja, que ficava próxima ao prédio do antigo banco Besc, na XV, transformou-se em um shopping center da época, mudando para onde hoje fica o centro comercial Bremen Zenter.

Arquivo pessoal

“Era uma loja completa, com mercadorias de varejo. Roupas, linha branca (geladeira, fogões), móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, bicicletas, lambretas, motores, tapetes, porcelana, calçados, pneus, bateria para carro, peças de autos e caminhões, e tinha até um bar interno, o “Früstick Bar”,¨ponto de cafezinho e lanches”, lembra o publicitário José Geraldo Reis Pfau.

Nos finais de ano a Brinquedorama, como ficou conhecido o espaço dentro da loja catarinense, tinha a presença do Papai Noel e do trono dele em meio a diversos brinquedos à venda. A loja fechou de vez em 1997. Os natais da época, porém, permaneceram na memória da cidade e inspiraram a reativação recente dos festejos de rua.


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