‘Rinha de canto’: mais de 70 pássaros são apreendidos durante fiscalização em Gaspar
Apreensões aconteceram no domingo e na segunda-feira
Por Iáscara Zultanski- 14/02/2024
- 13:40
No último domingo, 11, a Polícia Militar Ambiental realizou fiscalização conjunta com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em Gaspar.
O alvo da fiscalização era uma associação recreativa localizada no bairro Arraial D’Ouro que, de acordo com uma denúncia, estaria sediando um evento de rinha de canto clandestina de pássaros da fauna silvestre brasileira.
No local, após a tentativa de fuga, foi confirmado a prática de rinha de canto com os pássaros silvestres. Foram abordadas e identificadas 48 pessoas, das quais 33 foram responsabilizadas pelas irregularidades constatadas durante a fiscalização ambiental.
Foram identificados 77 pássaros nativos das espécies Coleirinha, Azulão, Trinca Ferro, Canário da Terra, Bico de Pimenta (espécie ameaçada de extinção).
Os envolvidos responderão pelas infrações indicadas no artigo 24 da Lei Federal n. 6514 de 2008 (matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida).
Vale ressaltar que além das irregularidades constatadas, esse tipo de evento está proibido em Santa Catarina para evitar a disseminação da gripe aviária.
Novas ações de combate ao tráfico de animais silvestres
Na segunda-feira, 12, a Polícia Militar Ambiental reforçou as ações de combate ao tráfico de animais silvestres em Gaspar e Indaial.
Os alvos foram residências localizadas nos dois municípios onde, de acordo com as denúncias feitas, estariam sendo comercializados pássaros da fauna silvestre brasileira.
Durante a fiscalização nas duas residências foram constatadas a manutenção irregular de 38 aves da fauna silvestre brasileira, das quais cinco são de espécies ameaçadas de extinção.
No local, além das aves silvestres em desacordo com a legislação, ainda foram apreendidas seis armadilhas utilizados na captura das aves.
As ações foram desenvolvidas após cooperação com a Polícia Federal, que compartilhou as informações que possibilitaram a identificação dos autores.
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