Saiba como colocar o DIU de cobre, medida contraceptiva, gratuitamente em Blumenau

Mulheres têm direito a inserir o dispositivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Muitas mulheres que procuram um método para não engravidar sem depender de hormônios extras optam pela colocação do Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. O material do pequeno “T” mata os espermatozoides, impedindo que eles alcancem o óvulo.

Mais eficaz que o anticoncepcional tradicional, o risco de falha é pequeno. Ou seja, cinco de cada mil mulheres que usam o DIU podem engravidar durante o primeiro ano de uso. Após esse período, o risco é ainda menor.

Porém, é importante fazer o acompanhamento com ginecologista para garantir que ele não se mova dentro do útero. Quando sai do lugar o dispositivo não age como deveria.

Muitos planos de saúde cobrem parte dos custos da inserção. Na rede particular os gastos podem chegar a R$ 2 mil. Porém, quem não tem como desembolsar qualquer quantia, pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço é oferecido para mulheres e adolescentes a partir dos 15 anos após avaliação médica.

CAISM funciona anexo ao Ambulatório do Centro, na rua República Argentina

Em Blumenau, no primeiro semestre deste ano, 258 dispositivos foram fornecidos. Em 2018 foram 378. Confira o passo a passo de como conseguir o DIU gratuitamente:

1. Faça o exame preventivo (papanicolau). Cada posto de saúde ou Ambulatório Geral (AG) tem sua forma de agendamento, basta se informar na unidade de referência.

2. Cerca de um mês depois de fazer o exame, com o resultado em mãos, marque uma consulta com o clínico geral, que a encaminhará ao ginecologista. Há alguns ambulatórios, como os dos bairros Velha, Itoupava Central e Escola Agrícola que possuem o especialista e a inserção é feita no local. Nos demais ambulatórios, o clínico a direcionará ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM).

3. A consulta geralmente não demora a ser agendada. Com sorte, em menos de um mês você será chamada para ir ao CAISM, no bairro Ponta Aguda. Ali, uma equipe de mulheres explicará sobre o DIU e dará todas as orientações necessárias. Se não houver nenhum impedimento, o dispositivo será inserido por uma ginecologista já na primeira consulta.

Ao sair do consultório, a paciente pode seguir com sua rotina normalmente. É provável que ocorra um desconforto (cólicas fortes) no momento da inserção, mas especialistas afirmam que a sensibilidade passa em poucos dias.

O DIU causa alguns efeitos colaterais, como aumento do período menstrual, cólicas mais intensas e até sangramentos no intervalo das menstruações. Porém, a tendência, conforme afirmam os profissionais de saúde, é que a situação se normalize ou amenize depois de três ou seis meses.

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