Saiba como está Davi, o blumenauense de seis anos que realiza tratamento com canabidiol

Jéssica comenta que chegou a pensar que o filho poderia perder a vida

Faz dois anos que o casal blumenauense Jéssica Pereira Lemke e Diego Lemke, conseguem dormir tranquilos sem se preocupar com o filho, Davi Lemke, de 6 anos. A criança que foi diagnosticada com autismo severo, epilepsia, convulsões e crises anafiláticas, agora vive como uma criança normal, já que utiliza os medicamentos canabidiol e oxcarbazepina que, segundo os pais, mudaram sua vida.

A família lembra que, no dia 18 de dezembro de 2021, Jéssica já havia recebido governo do Estado de Santa Catarina, o primeiro depósito do valor destinado para a aquisição dos medicamentos do filho.

O dinheiro foi recebido após uma decisão da Justiça de SC, em ação movida pelo núcleo municipal da Defensoria Pública (DPE-SC), que garantiu o benefício. O Sistema Único de Saúde (SUS), não fornece os medicamentos.

Segundo a mãe do garoto, o canabidiol estava sendo fornecido pelo governo tranquilamente, porém, teve meses em que ele ficou indisponível. Sabendo que não poderiam ficar sem o remédio, a família entrou em contato com uma advogada para entrar com uma ação judicial e reverter o caso.

“A Defensoria Pública deixou o caso pois ficamos dois meses sem receber o medicamento. Entre agosto e setembro do ano passado, fomos salvos pela advogada Mônica Matsuo, uma excelente profissional. Vencemos a ação e agora faço a retirada dos medicamentos na farmácia federal de Blumenau, no fim deu tudo certo”, diz Jéssica.

A criança também precisa passar por perícias para provar que o medicamento está fazendo efeito positivo na vida dela. Caso os médicos identifiquem que o medicamento não está surtindo o efeito desejado, ele é descartado do tratamento.

Jessica Pereira Lemke

Mudança

Por conta dos problemas causados pela doença como alucinações, automutilação, entre outros, Davi precisa tomar, além dos dois medicamentos, uma adrenalina canadense que não é entregue gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Enquanto ele seguir tomando, tudo ficará bem. Nossa vida mudou. Faz dois anos que consigo dormir sem me preocupar se ele vai ter algum ataque. Faz dois anos que posso levar meu filho no supermercado, pizzaria, escola, shopping, sem ter medo de tudo. Meu pequeno agora pode viver como uma criança normal”, diz a mãe.

Davi também foi diagnosticado com Diabetes Tipo 1, e a família explica que o canabidiol ajuda a amenizar os sintomas. Segundo o neurologista de Davi, Nelson Wanka, a criança não pode ficar sem o medicamento.

“Ele é diabético e nem precisa tomar insulina, o canabidiol auxilia ele até nisso, é incrível! Não consigo mais ver a vida dele sem esses medicamentos”, dizem os pais.

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