Saiba como está jovem blumenauense após tratamento para voltar a enxergar na Tailândia
Duda realizou o procedimento em março de 2022 e família comenta os avanços que a menina teve desde então
Dez meses após o tratamento com células-tronco na Tailândia, que prometia melhorar a visão da Maria Eduarda Gonçalves – blumenauense de 12 anos que possui hipoplasia de nervo óptico bilateral – a família comenta os avanços que a menina obteve com o procedimento.
Até março de 2021, Duda tinha apenas 15% de visão no olho direito e nenhuma no esquerdo. Além disso, a menina também sofre com nistagmo, que consiste em movimentos involuntários e repetitivos dos olhos.
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O tratamento na Tailândia
De acordo com a família de Duda, os especialistas da região diziam que não havia o que fazer para curá-la e que até ela completar 10 anos, a situação poderia progredir ou regredir. Conforme o tempo passava, a menina perdia o pouco de visão que tinha.
Foi quando descobriram a alternativa na Tailândia, que custava R$ 180 mil, e realizaram uma campanha, chamada “Aos olhos da Duda“, para arrecadar o valor necessário.
No dia 7 de março de 2022, a menina iniciou o tratamento. O procedimento foi realizado a partir de oito bolsas de células-tronco, o método mais completo fornecido pelo Better Being Hospital. Foram aplicadas três injeções retrobulbares e cinco intravenosas.
As células começam a trabalhar a partir da primeira aplicação e atingem o pico máximo entre o terceiro e sexto mês após o procedimento. Apesar do tratamento não garantir uma cura absoluta, a família afirma que Duda apresentou melhoras significativas.
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Resultados
Em setembro de 2022, seis meses após o tratamento, a família foi até Curitiba para uma consulta com a oftalmologista doutora Ana Tereza, a fim de verificar os resultados do tratamento. O olho direito da menina, de grau +6 foi para +3,75, enquanto o olho esquerdo, o qual ela enxergava apenas vultos, foi de +4 foi para +2,50.
No Brasil, a menina continua fazendo as terapias visuais e a terapia ocupacional, o que também ajudou no resultado positivo. Segundo a tia, Mayara Andreza Bruno, a menina já não se encontra mais tão dependente da família para realizar as atividades.
“Foi um conjunto do tratamento com as terapias. A imunidade dela melhorou muito e ela ficou mais independente, perdeu o medo de andar sozinha. Hoje ela já vai para escola sozinha com a irmãzinha mais nova dela”, conta Mayara.
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Sentimento de gratidão
Mayara explica que a família tem muita gratidão, tanto pelo tratamento e equipe que o realizou, quanto pelas pessoas que ajudaram isso se tornar possível.
“Muita gratidão por esse tratamento, pela equipe do hospital na Tailândia, pelas pessoas que ajudaram (…) Só nós que convivemos com ela no dia a dia sabemos o tanto que esse tratamento ajudou”, diz.
Planos futuros
Mayara explica que os médicos recomendam fazer o tratamento mais vezes, para que os resultados de Duda melhorem ainda mais. No entanto, a família não possui condições de arcar com o valor sozinhos: “certeza que se tivéssemos condições iríamos levar ela novamente”, comenta a tia.
Portanto, existe a intenção de que ela realize o tratamento novamente, mas não logo. A família pensa na possibilidade de começar uma nova campanha de arrecadação no próximo ano.