Saiba como está o cenário de quem trabalha com criptomoedas em Blumenau
Segundo usuários, mercado tem evoluído nos últimos anos
As criptomedas são moedas digitais que estão globalizadas e são utilizadas por milhões de usuários em todo o mundo. Na prática, é uma forma de dinheiro assim como o real e o dólar, com a diferença de ser digital e não emitido por nenhum governo.
A diferença entre uma criptomoeda e uma moeda digital comum, é o protocolo de tecnologia utilizado. Geralmente, existe um protocolo especial por trás da criptomoeda, o famoso processo de mineração.
O seu valor, portanto, é determinado livremente pelos investidores, com as cotações sendo medidas diariamente, de acordo com oferta e demanda.
Nessas moedas digitais, os usuários podem efetuar transações entre si sem dependerem de instituições financeiras tradicionais, e seu valor é real, assim como o dinheiro físico. A criptomoeda não é mais novidade e já atraiu adeptos e investidores em Blumenau e região.
Mineradores
Os mineradores são aqueles que mineram as criptomoedas. O processo se trata de uma validação e inclusão de novas transações em um banco de dados públicos, o blockchain.
Esse banco registra o histórico de movimentação dos usuários e com isso, cria novas moedas digitais pelo mundo. Segundo alguns usuários das plataformas, não há informações sobre mineradores em Blumenau.
Bruno Winzewski, 35 anos, é empresário e mora em Blumenau. Ele já fez parte do processo de mineração e, segundo ele, é preciso uma estrutura grande para minerar.
“Eu uso mais como laboratório, só pra entender o processo. Realizo a prática para fazer parte de diferentes pools de mineração, autenticar diferentes protocolos entre outras tarefas. Gosto de ver funcionando na prática. Para ganhar dinheiro com isso de fato, precisa de uma estrutura grande, da qual eu não tenho hoje”, afirma.
Ainda segundo o empresário, o custo de mineração é alto pois além dos equipamentos, tudo demanda muito consumo de energia. Perguntado sobre a possibilidade das pessoas minerarem em casa, ele não recomenda.
“Tem que cuidar, as conexões são que nem chuveiro elétrico, se ligar num fio de dois milímetros, pode pegar fogo. Geralmente os locais de mineração não estão no Brasil, mas sim em países como o Paraguai. Tem que fazer conta, não dá pra ficar sobrecarregando a rede sem saber o que está fazendo”, relata.
Mercado
O cenário atual do mercado de criptomoedas em Blumenau está em constante evolução. Segundo Bruno, embora as pessoas já saibam do que se trata, muitas ainda não possuem uma carteira de criptomoedas.
“Acredito que seja um processo que vai demorar anos, mas aos poucos a adoção das moedas digitais vai aumentar. A principal vantagem do Bitcoin (BTC) com relação ao real é a ausência da inflação, no longo prazo, cada vez mais o real vai se desvalorizando e o BTC caminha no sentido oposto”, finaliza.
O advogado blumenauense Rafael Boskovic, possui experiência com o Bitcoin e afirma que a resposta do mercado já é positiva na cidade.
“Vejo que tem muita gente interessada no assunto. Muitas pessoas estão investindo nesse mercado, isso é ótimo”, diz o advogado.
Criptomoeda em livro
Além de advogado, Rafael é autor e publicou em 2020, um suspense sobre criptomoedas intitulado Satoshi – pseudônimo utilizado pelo criador do Bitcoin.
“Eu quis usar as criptomoedas como plano de fundo de uma história de ficção justamente para desmistificar e introduzir esse tema de uma maneira suave para os leitores. Apesar de entusiastas de criptomoedas estarem adorando a trama, o livro é especialmente útil para quem ainda não sabe nada sobre o tema”, explica Boskovic.
Um dos mistérios abordados pelo livro é a identidade de Satoshi Nakamoto. Até hoje não se sabe quem é (ou até quem são) o criador da criptomoeda. A ficção de Rafael traz uma teoria para quem seria o milionário.