Saiba como foi a primeira audiência de julgamento da assassina da grávida de Canelinha
Audiência aconteceu nesta terça-feira
A audiência de julgamento da assassina confessa Rozalba Maria Grime, que matou uma mulher grávida e roubou o bebê em Canelinha, aconteceu na última terça-feira, 16, por videoconferência, por conta da Covid-19.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, a audiência teve início às 13h30 e terminou por volta das 19h. Participaram 14 testemunhas e os dois réus, Rozalba e o marido Zulmar Schiestl.
Segundo o advogado de defesa de Rozalba, nomeado pelo Estado para a audiência, Caio Daniel Giraldi dos Santos, a audiência terminou por volta das 19h, e todas as testemunhas foram ouvidas.
“A audiência não teve empecilhos, todas as testemunhas foram bem cooperativas apesar de ser por videoconferência. A Rozalba também se mostrou bastante ciente ouvindo as testemunhas”, informa.
Sobre a assassina confessa, o advogado comenta que ela está muito abalada, e durante o interrogatório da audiência ela se manteve em silêncio.
Santos destaca que não houve testemunhas da defesa, pois eram as mesmas da acusação e todas foram ouvidas. “Conseguimos elucidar bastante os fatos para poder fazer principalmente o nosso papel na defesa”, comenta.
Rozalba segue no Presídio Feminino de Florianópolis, onde foi transferida no dia 7 de janeiro, por conta do fechamento do Presídio Feminino de Tijucas.
Próximos passos
Após a audiência, está aberto o prazo de cinco dias úteis para manifestação do Ministério Público e das defesas. A partir disso, o juiz irá se manifestar pelo pronunciamento dos acusados. Caso ele decida pelo pronunciamento, será marcada uma sessão no tribunal do júri.
Relembre o caso
Flávia Godinho Mafra foi encontrada morta no dia 28 de agosto de 2020. Ela era moradora do bairro Cobre, em Canelinha, e estava grávida de 36 semanas. O corpo foi encontrado no bairro Galera.
Rozalba Maria Grime, assassina da grávida encontrada em uma cerâmica abandonada em Canelinha, confessou que matou a vítima com golpes de tijolo na cabeça, de acordo com a Polícia Civil. No depoimento, a mulher afirmou ter usado um estilete para retirar o bebê do útero da gestante.
Segundo o delegado, a mulher admitiu ter contado à vítima que haveria um chá de bebê como forma de atraí-la. Flávia tinha saído de carona para um chá de bebê surpresa.
Ainda de acordo com o depoimento, ela levou a grávida para o bairro Galera, e a atacou com diversos golpes de tijolo.
A mulher ainda informou que estava grávida, e sofreu um aborto em janeiro de 2020. Ela não contou aos familiares e teve a ideia de roubar o bebê de Flávia.