Considerado como o mais agressivo, o melanoma é um tipo de câncer de pele com origem nos melanócitos – células que produzem o pigmento denominado melanina. Como outros tumores, o diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento e evitar a progressão da doença.

“O melanoma geralmente será uma pinta estranha, pode ser uma placa irregular, um nódulo e pode ter ou não coloração, podendo simular outro tipo de tumor” explica a patologista dra. Lauren Menna Marcondes.

“Existe a regra do ABCDE, criada para chamar atenção para as características do melanoma. A sigla significa assimetria, bordos, coloração, diâmetro e evolução”, comenta a patologista dra. Paula de Carvalho.

Além de não terem formas regulares e simétricas, as lesões causadas pelo melanoma geralmente apresentam vários tons de marrom. As médicas também explicam que algumas pessoas podem nascer com algum tipo de mancha, mas que ela apresenta mudanças no decorrer da vida, como, por exemplo, o tamanho. Há também as manchas que aparecem repentinamente e crescem de forma acelerada.

O mais agressivo

Os cânceres de pele são classificados entre melanoma e não-melanoma. Exemplo disso é o carcinoma basocelular e o de células escamosas, com cursos geralmente menos agressivos em comparação ao melanoma.

O tipo mais comum de melanoma está relacionado com o acúmulo de sol na pele. No entanto, para surgir a lesão o paciente deve ter anos de exposição solar acumulados.

Ainda existem outros tipos de melanoma que não estão relacionados com a questão solar, mas sim com a genética e outras predisposições, sendo mais raros.

Função da patologia no diagnóstico

Para o diagnóstico correto é preciso, é necessária avaliação por médico com treinamento e conhecimento, como o dermatologista – médico especialista na pele, para analisar o paciente. Se ele encontrar alguma lesão suspeita, será recolhida uma amostra do tecido para biópsia. Em alguns casos, dependendo do tamanho e indicação específicos, o médico retira a lesão inteira.

A BML Patologia recebe a amostra de tecido do paciente e, através da análise ao microscópio somado ao quadro de suspeita clinica, constatar se é ou não melanoma. “O principal parâmetro para fazer o estadiamento dessa doença é a espessura e o nível invasão do melanoma, altamente preciso, medido por milímetros e no microscópio. Esse exame é essencial para saber se a doença está no início ou em estágio avançado”, explicam.

O exame também é determinante para o tratamento e vai definir os próximos passos, como ampliação da margem de segurança retirada da lesão no paciente, quimioterapia, além de descobrir se há necessidade de investigar as ínguas ou somente acompanhar. O histórico familiar da pessoa diagnosticada também precisa ser feito para maior segurança do paciente.

Pontos de alerta

As patologistas alertam que as pessoas com tons de pele mais claro tem mais chances de desenvolver o melanoma por alguns motivos como, por exemplo, a maior vulnerabilidade ao dano pelo sol. No entanto, isso não exclui a possibilidade de pessoas negras também serem diagnosticadas com o tumor.

“A melanina é um pigmento, ela não deixa de ser uma barreira do núcleo do DNA. Então pessoas negras podem ter melanoma, mas acaba sendo mais comum nas pessoas de pele clara”, explica a dra. Paula.

Outro fator que deve chamar atenção é quando existe uma casquinha na pele que não cicatriza e que sangra com frequência. Isso pode significar que a lesão ulcerou e indicar algo mais agressivo.

O tumor pode aparecer em qualquer parte do corpo, independente se é ou não uma área de exposição solar. Por ter a capacidade de fazer metástase, o melanoma é considerado o mais agressivo. A situação pode ocorrer de duas formas: o tumor pode fazer uma nova mancha na pele ou atacar outras partes do corpo como pulmão, fígado, cérebro e ínguas. As médicas alertam que o potencial de disseminação do tumor é alto.

Já as tradicionais pintinhas de pele, conhecidas como nevos, possuem uma categoria que pode ter relação com o desenvolvimento de melanoma, chamado de nevo displásico, mas geralmente o tumor não é originado desse. “O nevo displásico é sinal de alerta para aquela pessoa, que terá uma susceptibilidade maior para ter o tumor. Por isso, em qualquer caso de dúvida, é preciso avaliar”.

Lauren ainda acrescenta que há casos em que é difícil diferenciar os nevos do melanoma. Nesses casos é realizado o exame de imunoistoquímica para fazer a diferenciação entre os dois diagnósticos.

A prevenção para evitar qualquer tipo de câncer de pele, incluindo o melanoma, é o uso diário de protetor solar, evitar exposição ao sol das 10h as 16h, usar chapéu e roupas com proteção UV.

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