Covid-19: Santa Catarina avança na negociação para compra de vacina italiana

Criação de consórcio entre Itália e o estado, com participação da UFSC e do Lacen é discutida

Os avanços nas negociações para a compra da vacina italiana contra o coronavírus ganharam destaque na sessão de terça-feira, 15, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

“Há cerca de 45 dias tive a oportunidade de ter, através da Câmara Italiana de Comércio, uma audiência com o embaixador italiano e dali surgiu a possibilidade de conversarmos com o Conselho das Universidades que estão investindo na pesquisa da vacina. Ontem à tarde tivemos uma nova conferência entre o secretário de Saúde e a embaixada no sentido de avançarmos”, informou o deputado blumenauense Ismael dos Santos (PSD).

Segundo o representante de Blumenau, discute-se a criação de um consórcio entre a Itália e o estado, com a participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Laboratório Central (Lacen).

“Precisamos ter um plano A, um plano B, um plano C, não sabemos o que vem pela frente”, admitiu Ismael, informando em seguida que na próxima sexta-feira haverá nova rodada de negociações.

Doutor Vicente Caropreso (PSDB) elogiou a iniciativa do colega e ressaltou a importância de contar com mais uma vacina para debelar a pandemia.

“É por aí, temos de batalhar pelo portfólio nacional, para ser o mais diversificado possível, a iniciativa é extremamente positiva”, avaliou Caropreso, que criticou as teorias da conspiração que orbitam a vacina CoronaVac, produzida pelo instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a chinesa Sinovac.

Kennedy Nunes (PSD), por outro lado, noticiou o protocolo de requerimento dirigido ao Ministério Público (MP-SC) e ao Tribunal de Contas (TCE-SC) para que acompanhem as aquisições de vacinas, incluindo a vacina italiana, pelo estado e municípios.

“Protocolei no MP estadual e no TCE requerimento para que essas duas instituições montem uma comissão técnica para acompanhar desde agora qual vacina será comprada, quem vai fornecer, o preço, data de entrega, o pagamento e como será feita a logística”, justificou Kennedy, acrescentando que o estado dispõe de R$ 300 milhões para comprar vacinas.


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