SC confirma primeiro caso de febre amarela em 2021; mulher está internada em Blumenau
Cobertura vacinal no estado está abaixo da meta
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) confirma o primeiro caso de febre amarela neste ano. A mulher, de 40 anos, é moradora da cidade de Taió, Alto Vale do Itajaí. A paciente não tinha registro de vacina contra a doença e está internada em Blumenau.
A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. Os macacos, por viverem no mesmo ambiente que esses mosquitos, são as primeiras vítimas da doença.
“É por isso, que é tão importante que a população notifique a secretaria de saúde do município quando avistar um macaco morto ou doente. Eles sinalizam a presença do vírus na região e norteiam as ações de prevenção e de vigilância”, explica Renata Gatti, bióloga da Dive/SC.
No ano de 2020, 134 mortes de primatas foram confirmadas com febre amarela.
A vacinação é a melhor forma de se proteger da doença. “A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde”, explica Lia Quaresma Coimbra, gerente de imunização da Dive/SC.
Todos os moradores do estado com mais de nove meses devem ser imunizados. A cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde é de pelo menos 95% desse público-alvo seja imunizado. Até o momento, a cobertura vacinal do Estado está em 70,67%.
“A febre amarela é uma doença de evolução rápida. Quadro febril agudo de até sete dias de duração acompanhado de dor de cabeça intensa, dor abdominal, manifestações hemorrágicas, icterícia e elevação das transaminases podem ser um sinal da doença. Por isso é importante solicitar os exames e seguir o fluxo de atendimento” alerta João Fuck, gerente de zoonoses da Dive/SC.