“Santa Catarina possui o melhor enfrentamento da pandemia”, afirma secretário de Saúde de SC
André Motta relatou sentir "tranquilidade" ao visitar os hospitais de Blumenau nesta quinta-feira
Para o secretário de Saúde de Santa Catarina, o sentimento ao visitar os hospitais de Blumenau é de “tranquilidade”. Apesar de quase todos os leitos de UTI Covid-19 disponíveis nas instituições estarem ocupados, André Motta defende que a estrutura da região é o que traz “conforto” a ele no enfrentamento da pandemia no Médio Vale do Itajaí.
Em visita ao Extremo Oeste catarinense durante esta semana, Motta ressaltou o desafio que cresce com o aumento de casos do vírus em todo o estado. Ele enumerou algumas ações necessárias para evitar que a situação se espalhe. Entretanto, a principal delas foi a consciência da população.
“Precisamos ofertar mais serviços, reforçar a fiscalização, aumentar o número de leitos de UTI… Mas nada disso vai se resolver se não entendermos que são pessoas contaminando pessoas. Se como população não tomarmos ações, não há lei que resolva”, afirmou.
Em diversos momentos da coletiva realizada pela Prefeitura de Blumenau na tarde desta quinta-feira, 18, Motta reforçou as dicas bradadas desde o início da pandemia: usar máscara, manter distanciamento, lavar as mãos, ambientes arejados e evitar ao máximo aglomerações.
Mário Hildebrandt comentou que a relação com o governo do estado melhorou muito desde que o secretário assumiu a pasta e apoiou a expansão de UTIs. “Ao invés de investir em hospitais de campanha, decidimos reforçar nossos hospitais. Nossa estrutura foi criada para ser validada pós-Covid”, argumentou o prefeito.
André Motta parabenizou o município por “enfrentar a pandemia com seriedade e criar estrutura para isso”. Ele também argumentou que Santa Catarina foi internacionalmente reconhecida por ter o melhor enfrentamento da pandemia no Brasil.
“Ninguém entrou nesse enfrentamento sabendo o que fazer. E por conta da coragem do governador em decretar uma quarentena no início da pandemia, pudemos nos organizar para enfrentar este vírus”, comentou.
Questionado sobre a vinda de mais vacinas para o estado ou sobre a implementação de novos leitos de UTI, o secretário foi evasivo e não trouxe nenhuma confirmação. Apenas salientou a previsão do governo federal de vacinar mais da metade da população ainda este ano.
“Solicitei um quantitativo maior de vacinas para o estado por conta do impacto do coronavírus nas regiões do Extremo Oeste e Grande Florianópolis. Mas os grupos prioritários são definidos pelo governo federal. Se entendermos que houve equívocos, poderemos tomar providências”, afirmou sobre a polêmica causada pelo alto número de jovens vacinados.
O secretário também enfatizou que a avaliação da matriz de risco pode passar por novas alterações. “Já temos portarias prontas há semanas para todos cenários possíveis. Elas precisam ser seguidas e fiscalizadas. No Extremo Oeste estão trabalhando em um decreto para diminuir as atividades não essenciais e tentar reduzir a velocidade do vírus”.