Santa Catarina registra segunda morte por febre amarela
Morador de Itaiópolis, Norte do estado, não tinha registro de vacina
Santa Catarina registrou a segunda morte em humanos por febre amarela. O paciente era um homem, de 40 anos, residente em Itaiópolis, no Norte do estado. Ele não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e morreu no dia 29 de junho de 2019.
Os resultados da investigação epidemiológica foram divulgados apenas neste fim de semana. A pesquisa foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Paraná, referência para Santa Catarina, e atestam, portanto, o segundo caso autóctone com óbito registrado no estado.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE-SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, informa que, como se tratava de suspeita de febre amarela, foi realizada uma investigação conjunta entre a Gerência Regional de Saúde de Mafra e a Secretaria Municipal de Saúde de Itainópolis, utilizando o Protocolo de Investigação de Óbitos Febre Amarela do Ministério da Saúde (MS).
Os exames foram encaminhados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) de Santa Catarina. Para evitar novos casos, foi realizado um mutirão de vacinação contra a febre amarela em um raio de dois quilômetros da residência do paciente, totalizando 492 doses. Depois da confirmação da morte, a procura por vacinas também aumentou nas unidades de saúde.
O primeiro óbito confirmado em humanos por febre amarela foi em um paciente de 36 anos não vacinado, residente em Joinville, no dia 12 de março. Antes disso, Santa Catarina não registrava casos de febre amarela em humanos desde 1966.