São Francisco do Sul confirma primeiro caso de doença Mpox

Caso foi confirmado nesta quinta-feira

Foi confirmado o primeiro caso da doença Mpox em São Francisco do Sul. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 3, pela Vigilância em Saúde da cidade.

Segundo o órgão, a infecção ocorreu na região sudeste do país e se trata de um caso isolado.

Além disso, diz que o paciente está em tratamento e monitoramento e que não há risco de contaminação para a população neste momento, não sendo necessário adotar cuidados adicionais.

Em 2024, conforme dados coletado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) até 28 de setembro, haviam sido registrados 13 casos da doença no estado.

Os registros ocorreram em Florianópolis (6), Itajaí (4), Joinville (1), Balneário Piçarras (1) e São José (1). Com o caso em São Francisco do Sul, o número sobe para 14.

O que é mpox?

Segundo o Ministério da Saúde, a mpox é uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com: pessoa infectada pelo vírus mpox; materiais contaminados com o vírus; e animais silvestres (roedores) infectados.

Sinais e sintomas da mpox

Os sinais e sintomas, em geral, incluem:

  • Erupções cutâneas ou lesões de pele
  • Linfonodos inchados (ínguas)
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores no corpo
  • Calafrio
  • Fraqueza

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus e o início dos sinais e sintomas da mpox, o chamado período de incubação, é tipicamente de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

Após a manifestação de sintomas, como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam de um a três dias após o início da febre, mas às vezes podem aparecer antes da febre.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.

Pessoas com sintomas compatíveis com mpox devem procurar uma unidade de saúde para avaliação e informar se tiveram contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença.

Diagnóstico da mpox

O diagnóstico da mpox é realizado laboratorialmente, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste para diagnóstico laboratorial será realizado em todos os pacientes com suspeita da doença.

A amostra a ser analisada será coletada, preferencialmente, da secreção das lesões. Quando as lesões já estão secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência no Brasil.

Transmissão da mpox

A principal forma de transmissão da mpox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada a gotículas e outras secreções respiratórias.

Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.

A infecção também pode ocorrer pelo contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama ou utensílios e pratos que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente. A transmissão por meio de gotículas normalmente requer contato próximo e prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, tornando trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos pessoas com maior risco de infecção.

Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até que a erupção tenha cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formado.

Tratamento da mpox

Atualmente, o tratamento dos casos de mpox tem se sustentado em medidas de suporte clínico para aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados. Até o momento, não há medicamento aprovado especificamente para mpox.

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