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Sarampo: Blumenau e Santa Catarina não apresentam casos desde 2021

Blumenau possui imunizantes disponíveis

O Brasil completou dois anos sem casos de autóctones de sarampo, ou seja, nenhum caso de transmissão em território nacional, na quarta-feira passada, 5. Santa Catarina não registra nenhum caso desde 2021, assim como Blumenau, que possui imunizantes disponíveis nas unidades de saúde com sala de vacina ativa.

Em 2022, foram reportados 41 casos em todo o Brasil, uma queda significativa em relação aos 20.901 registros em 2019. O último caso confirmado foi registrado no Amapá, em 5 de junho de 2022, quando foram identificados 30 casos.

“País livre de sarampo”

O Brasil pode recuperar a sua certificação de “país livre de sarampo”, de acordo com o Ministério da Saúde. O título havia sido conquistado em 2016, mas perdido em 2018 por conta de um intenso fluxo migratório de países vizinhos e uma queda nas taxas de vacinação em diversas regiões.

Em maio, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e o Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) visitaram o país. O objetivo foi para dar continuidade ao processo de recertificação como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e síndrome da rubéola congênita (SRC).

O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, destacou em nota oficial a importância da estratégia de microplanejamento que repassou R$151 milhões para estados e municípios em 2023. Também recomendado pela OMS, o método consiste em atividades com foco na realidade local e em ampliar o acesso da população à vacinação.

Sarampo

Uma das formas de prevenir o sarampo e outras doenças altamente infecciosas é a vacina tríplice viral. É ofertada no Calendário Nacional de Vacinação, com esquema de duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.

O imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, que são três doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram responsáveis por epidemias no passado.

A cobertura da primeira dose aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023. Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem subir, já que alguns estados têm bases próprias e as atualizações podem demorar a chegar à rede nacional.

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