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“Se o governo não consegue zelar pelo equilíbrio sustentável, então que autorize os particulares”

O ano começa sempre com altas temperaturas em Blumenau. Em 2024 não está sendo diferente. Nestes meses de verão impossível não perceber a ausência das árvores e de suas sombras na grande maior parte das calçadas. Se o governo não consegue zelar pelo equilíbrio sustentável, então que autorize os particulares a tanto. A frase de […]

O ano começa sempre com altas temperaturas em Blumenau. Em 2024 não está sendo diferente. Nestes meses de verão impossível não perceber a ausência das árvores e de suas sombras na grande maior parte das calçadas. Se o governo não consegue zelar pelo equilíbrio sustentável, então que autorize os particulares a tanto.

A frase de que a cidades se destinam às pessoas soa um tanto como clichê nas peças publicitárias e nas redes sociais dos mandatários. Propagandear é fácil, difícil e intervir em favor da coletividade, muitas vezes com o necessário enfrentamento de interesses particulares e menores. Não há justificativa plausível para ausência de ampla arborização em meio aos prédios e logradouros de escaldante Blumenau.

Não nos falta apenas sobra. Falta-nos também a balneabilidade de nossos rios. Diga-se, outro paradoxo desta Cidade. Irrigada por sem-número de rios, córregos e riachos, impossível praticar qualquer esporte ou atividade de lazer em sua grande maior parte por conta da poluição.

Uma cidade precisa contar com verdadeiros espaços públicos, para além das praças e ruas de lazer. Blumenau é agraciada por uma exuberante natureza, com grande potencial de exploração em atividades de lazer, prática de esportes e contemplação por munícipes e turistas. Todos esses locais são classificados como bens de uso comum do povo, que devem ser protegidos, preservados e franqueados ao desfrute pelas pessoas.

César Augusto Wolff