Ivermectina, cloroquina, azitromicil: Secretaria de Saúde de Blumenau se posiciona sobre uso de medicamentos no tratamento à Covid-19

Segundo secretário, medicamentos podem ser prescritos pelos médicos, mas cidade não os adotará em protocolo oficial

Hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicil e, mais recentemente, ivermectina. Estes medicamentos têm em comum um discurso que vem ganhando muitos adeptos de que podem ser utilizados no combate à Covid-19, seja no tratamento ou até mesmo na prevenção das doenças. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), infectado com o novo coronavírus, ingeriu a cloroquina em transmissões ao vivo divulgadas recentemente.

No que depender da Secretaria de Saúde de Blumenau, contudo, estes medicamentos não farão parte de um protocolo oficial do combate à doença. A prescrição médica das substâncias não serão proibidas na cidade: como são autorizados pela Anvisa e de fácil acesso, podem ser utilizados pelos profissionais da saúde que assim desejarem.

Segundo o secretário da Saúde de Blumenau, Winnetou Krambeck, a explicação para não adotar os medicamentos sistematicamente para o tratamento de pacientes é a falta de sustentação e comprovação científica de que, de fato, possam combater a Covid-19. “Não há nenhuma comprovação médica ou científica de que estes medicamentos são eficazes contra o coronavírus. Eles têm efeitos colaterais, e por isso é irresponsável colocar uma substância no organismo de um paciente sem o devido cuidado médico. Já o profissional de medicina que observar a necessidade de utilizar estes medicamentos, poderá fazê-lo sem maiores problemas”.

Caso Porto Feliz

Um dos maiores casos citados como o de uso destas substâncias no tratamento para a Covid-19 é o da cidade de Porto Feliz (SP). Segundo relatos, o município teria utilizado a cloroquina no tratamento de pacientes e obtido resultados muito bons.

Atualmente, Porto Feliz conta, segundo as redes sociais da prefeitura, com 354 infectados na série histórica – 1,70% da população total – e seis óbitos, um percentual de letalidade de 1,69%. Blumenau tem um histórico de 3.472 infectados – 0,49% da população – e 15 óbitos, ou seja, 0,43% em letalidade.

“Nossos números são muito melhores do que os de Porto Feliz. Não sei qual o medicamento que eles estão usando lá, mas o que estamos usando aqui está mais eficaz”, afirma o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos).


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