Secretários se reúnem com prefeito e vice após anúncio de renúncia de Napoleão Bernardes
Futuro prefeito, Mário Hildebrandt sinalizou que não pretende diminuir cargos comissionados e confirmou uma alteração na equipe
Entre cochichos, rostos que entregavam o sono às 7h e risadas tímidas de imagens que eram vistas no celular, os secretários da prefeitura de Blumenau aguardavam a primeira reunião com prefeito e vice após o anúncio da renúncia de Napoleão Bernardes (PSDB). O encontro ocorreu nesta quarta-feira, 28.
Napoleão começou com um discurso parecido com o que fez na Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 27:
“Pessoalmente seria favorável ficar”, repetiu, enfatizando a preferência por disputar uma vaga ao Senado. Depois, a portas fechadas, o colegiado sinalizou apoio ao vice Mário Hildebrandt (PSB), que, com a renúncia de Napoleão no próximo dia 5 de abril, será prefeito de Blumenau.
O presentes não esperavam muitas novidades desta reunião, que se resumiu a um balanço das atividades que foram feitas e que ainda estão por vir. As especulações sobre mudanças de secretários ainda não foram confirmadas.
Hildebrandt apenas garantiu que a chefia de gabinete ficará a cargo de Lúcio César Dib Botelho, atual diretor da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O então chefe de gabinete Marco Wanrowsky (PSDB) sairá para concorrer às eleições a deputado federal.
“Ainda não dá para falar em extinção e alteração [de secretários]. Nas próximas horas vamos estar definindo algumas questões. Eu tenho um bom feriado para pensar”, explicou, entre risos, Hildebrandt.
Ele salientou que as mudanças ocorrerão principalmente pela saída de pessoas que trabalharão na campanha de Napoleão ou que serão candidatas nas eleições deste ano. Se por um lado Hildebrandt não adianta quais os nomes pretende indicar, por outro, sinaliza que os cortes de gastos que pretende fazer não devem alterar o número de secretarias existentes:
“Uma das prioridades é manter a máquina enxuta, talvez até cortar mais gastos. Quando se fala em gastos, às vezes se fala só em cargo comissionado. Eu não quero aumentar cargo comissionado, mas também não é esse o foco de economia, porque ela é muito mais do que isso. Eu posso cortar um secretário e gastar dez vezes mais em uma ação mal feita. O que eu preciso é ter uma visão de um governo com resultado, com ação e economicidade”, finalizou.