Sem desperdícios: aplicativo indica onde há alimentos perto do vencimento com desconto em Blumenau
Foco é economia e venda de produtos excedentes
A cuca de ontem, a barrinha de cereal perto da validade ou um pudim que não foi vendido: muitos produtos apropriados para venda acabam indo para o lixo por não encontrarem o cliente ideal a tempo. Pensando nisso, os irmãos Stefani Bukovitz Reinert, 27 anos, e Vitor Bukovitz, 23, desenvolveram o aplicativo foodby.
Com alguns anos de experiência em lojas de alimentos e de produtos naturais, eles perceberam o desperdício gerado pela dificuldade em vender alguns alimentos em tempo hábil. Foi conversando sobre isso que Vitor, que é programador, passou a pesquisar sobre movimentos no mundo que buscavam reduzir esse desperdício.
Um exemplo é o Too Good To Go (muito bom para ir, em tradução livre), aplicativo muito comum na Europa e que está sendo implantado também na América do Norte. Nele é possível ficar com comidas excedentes de supermercados e restaurantes a partir de centavos.
No Brasil o maior aplicativo do gênero é o Food To Save, que vende itens de restaurantes, padarias e hortifrútis com até 70% de desconto. Porém, ele ainda está concentrado no sudeste e não chegou a Santa Catarina.
Foi percebendo esse espaço e possibilidade que, no fim de maio, nasceu o foodby. Inicialmente implantado em Balneário Camboriú, onde Vitor mora, o aplicativo já chegou a Camboriú e Blumenau, lar de Stefani.
“Nós batemos de porta em porta, mandamos mensagens para os estabelecimentos, mas percebemos um receio de participar achando que vendemos comida estragada, mas a ideia é vender antes que o produto vença com até 70% de desconto, já que ⅓ da comida do mundo é desperdiçada”, ressalta a criadora.
Como funciona o foodby
Ao acessar o foodby o usuário encontra estabelecimentos da cidade em que está oferecendo produtos que estão próximos da validade. Dentre os disponíveis em Blumenau estão lojas de produtos naturais, cafeterias, padarias e docerias.
Cada estabelecimento oferece uma “sacola”, da qual o cliente sabe que tipo de produto esperar, mas sem poder escolher os detalhes. Afinal, não é possível determinar o que irá sobrar no fim do dia.
“A ideia é ser o mais prático possível para o estabelecimento também. Assim não é necessário um funcionário apenas para descrever cada item do dia como funciona no iFood, por exemplo”, explica Stefani.
As empresas participantes não pagam mensalidade e a compra também não conta com taxas, já que o pagamento e retirada é feito pelo próprio cliente. O aplicativo é mantido por uma pequena porcentagem cobrada nas vendas diretamente do fornecedor.
“Planejamos também incluir filtros, como para opções veganas ou sem glúten. Estamos construindo algo pensando no nosso planeta. Sinto que precisamos fazer algo urgentemente para termos mais tempo aqui”, alerta a empresária.
O aplicativo não conta com delivery, já que a proposta é que a pessoa vá até o estabelecimento e conheça novos negócios da cidade. Para inscrever o seu comércio, acesse o site da foodby.
“Queremos muito expandir aqui no Sul, já que não existe outro aplicativo parecido. Meu sonho é ir para Florianópolis, já que lá existe um interesse maior em sustentabilidade e acredito que o público vai aderir ainda mais”, comenta.
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