Que Jorginho Mello (PL) e Carlos Moisés (sem partido) não estão se dando bem politicamente não é novidade. Os dois são rivais em possíveis candidaturas ao governo do estado em 2022 e já trocaram farpas publicamente devido a CPI da Covid-19, quando o senador solicitou que o governador fosse ouvido pela comissão.

E nesta terça-feira, 20, essa rixa ficou ainda mais comprovada. Em entrevista à coluna, Jorginho fez diversas críticas ao governo Moisés, principalmente referente a atenção dada a Blumenau – ou não dada.

“Tenho diferenças com ele em coisas pontuais, como por exemplo, por que ele renega Blumenau, Indaial, essa grande região? Por que ele trata com desdenho? (…) Governador, Blumenau merece mais, não pode discriminar Blumenau”, afirmou Jorginho.

Para completar, o senador fez críticas a atuação de Moisés em relação aos temas discutidos na visita do governador a Blumenau na última sexta-feira, 16. Para ele, faltou respeito ao prefeito Mário Hildebrandt.

“Não é porque é ele não gosta do prefeito ou coisa parecida. Amigo, respeita o prefeito Mário, é um grande prefeito, um homem sério, que está fazendo uma grande gestão em Blumenau”, concluiu.

Cabe lembrar que nesta visita de sexta, tanto o governador Carlos Moisés, quanto o secretário de Infraestrutura do Estado, Thiago Vieira, não pouparam a prefeitura e afirmaram que era culpa do município os atrasos referentes ao andamento para construção do Centro de Eventos e reforma do Aeroporto de Blumenau.

Discussão pela BR-470

Além das diferenças em relação ao tratamento com Blumenau, Jorginho entrou na “briga” também em relação ao dinheiro que o governo estadual quer aplicar nas obras de duplicação da BR-470.

Enquanto a equipe do governador quer colocar os R$ 200 milhões nos lotes 1 e 2, para concluir estes trechos, Jorginho defende que o recurso seja aplicado nos lotes 3 e 4, que estão mais atrasados. Esse também é o desejo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pelas obras.

“Qual é o interesse dele colocar só nos lotes 1 e 2? Lá já tem dinheiro. Pode colocar R$ 1 bilhão, a obra só vai terminar ano que vem (..) O 3º e o 4º lote que precisam de apoio, desapropriações. O perímetro é mais urbano, morre mais gente. Tem que colocar dinheiro aqui, se não Blumenau, Indaial e Rio do Sul ficam em segundo plano”, afirmou Jorginho.

Na semana passada, Moisés afirmou que continua com o posicionamento de colocar os recursos apenas nos lotes 1 e 2, que vai de Navegantes a Gaspar. Segundo o governador, estes trechos estão mais avançados e precisam de cerca de R$ 190 milhões para serem concluídos. Os outros dois trechos – 3 e 4 – que vão de Gaspar até Indaial, estão ambos com cerca de 30% das obras concluídas.

Ainda segundo o governador, caso o DNIT não aceite o investimento nas obras entre Navegantes e Gaspar, é possível que eles voltem atrás e não façam o repasse.


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