Prefeitura de Blumenau e Defesa Civil de SC querem resolver o problema do controle das cheias
Depois de um apagão dos sistemas de controle de cheias do Vale do Itajaí durante o período mais crítico das chuvas de janeiro, em especial o Centro de Operação do sistema de Alerta (CEOPs), o chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, Aldo Baptista Neto, se reuniu com o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), com a vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB) e com a Reitora da Furb, professora Márcia Sarda, para definir os primeiros passos para que a universidade passe todas as informações do sistema para a Prefeitura de Blumenau e para o Governo do Estado, que vão assumir de vez a operação do CEOPs.
A reunião foi solicitada pela própria Prefeitura de Blumenau para que a cidade tenha, de fato, um controle mais preciso nos momentos que sempre afligem a região, que são os períodos de possíveis cheias no município.
A Furb criou o CEOPs na década de 1980 para monitorar o nível do Rio Itajaí Açu e poder também fazer a previsão para que se tenha uma informação mais exata do que pode acontecer em tempos de muita chuva na região.
Nessa reunião, ficou acertado que, gradativamente, o poder público irá interligar o sistema da Furb com o AlertaBlu, que é um sistema criado em 2014 pela Prefeitura para monitorar o clima e fazer uma previsão do tempo. O prazo para a concretização da operação não ficou definido, mas todas as partes entendem a importância da questão e estão dispostas a concluir essa unificação dos sistemas o mais breve possível.
Achei louvável a atitude da Prefeitura de Blumenau em querer resolver o problema, chamando os principais agentes dessa questão para dar uma solução definitiva, mesmo que seja em médio prazo, para que não se tenha mais um vôo cego num momento que aflige grande parte dos moradores de Blumenau.
Com tamanha tecnologia disponível hoje, é inadmissível saber que ainda estamos a mercê de sistemas que falharam em períodos de perigo de enxurradas e de cheias. É justamente nessa hora que esses sistemas têm que funcionar para evitar que a Prefeitura e o Governo do Estado tenham que colocar verba pública para remediar, sabendo que era possível prevenir.
É bom saber que o prefeito Mário e a vice Maria Regina sentiram a gravidade da situação do apagão, mesmo que por algumas horas, e terem tomado uma decisão importante que, com certeza, vai evitar que muita gente sofra com perdas que geralmente ocorrem em tempos de enchentes.
Esse é a atitude que um administrador público tem que tomar nessa hora e foi o que eles fizeram. Agora cabe a nós fiscalizar, como munícipes que somos, para que as coisas melhorem e que tudo comece a funcionar como sempre quis e sonhou o governador Raimundo Colombo, mesmo sabendo que ele nunca conseguiu de verdade colocar em prática esse sonho.