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Falta de força política tira de Blumenau vaga no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

No dia 19 de agosto de 2020, no pleno do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), ocorreu a votação para a escolha dos três nomes que iriam compor a lista para a escolha do novo juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) no lugar de Karula Genoveva Batista Trentin Lara Corrêa, que renunciou ao cargo.

E o advogado e ex-presidente da Subseção de Blumenau da Ordem dos Advogados do Brasil, César Wolff, acabou sendo o mais votado com 69 votos, seguido pelo advogado Rodrigo Pessi Martins, de Florianópolis, que obteve 58 votos e em terceiro ficou a advogada Ana Cristina da Rosa Grasso, também de Florianópolis, que recebeu 55 votos.

Depois da formação dessa lista tríplice, a escolha coube ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, que na tarde do dia 5 de janeiro não levou em conta o número de votos dados na votação do TJSC e acabou escolhendo a advogada Ana Cristina Grasso que, por conta da maior força política da capital, vai ficar com a vaga de juíza efetiva do TRE/SC.

Cesar Wolff, que é filho do ex-Procurador do Estado, foi presidente, por dois mandatos, da OAB em Blumenau, coordenou a Escola Superior de Advocacia da entidade, é Mestre em Ciência Jurídica, Especialista em Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral, professor universitário, ex-procurador geral da FURB e atualmente também é colunista do jornal O Município Blumenau.

Mas apesar desse currículo, não houve mobilização política em torno do seu nome e ele acabou sendo preterido pelo presidente Jair Bolsonaro, mostrando que a classe política de Blumenau não tem tanta representatividade e força quanto outras cidades do estado, como Florianópolis, Chapecó e Criciúma.

O cargo de juiz efetivo do TRE-SC, para o leigo, pode não parecer tão importante, mas é sim a abertura de uma porta para que a cidade ocupe posições maiores na magistratura catarinense.

A escolha de César Wolff mostraria para o restante do estado que Blumenau ainda tem representantes influentes e com força para disputar cargos importantes com qualquer região de Santa Catarina, mas, mais uma vez, a desunião imperou por aqui e perdemos a chance de ocupar um espaço que agora fica nas mãos, mais uma vez, de Florianópolis.

Em 2022 teremos as eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual e é aí que a cidade tem que começar a decidir para que lado quer ir: se vai continuar escolhendo candidatos de fora ou se vai escolher gente daqui que realmente quer unir forças para fazer de Blumenau forte de novo.

Mais uma vez a decisão final está nas mãos do eleitor blumenauense, que também tem sua parcela de culpa por escolher gente que só vem aqui de quatro em quatro anos e por não vai votar na hora mais importante da eleição.

Veja abaixo a publicação no Diário Oficial da União da nomeação da advogada Ana Grasso.


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