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Moisés continua usando palavras erradas nesse momento de perigo político em SC

Recebi um vídeo da assessoria do Governador Carlos Moisés com um trecho da entrevista coletiva de quarta-feira, 13. Lá o governador disse que “não vai permitir que o trabalho dele e das equipes das secretarias do seu governo sejam lesadas, maculadas por um fato isolado que aconteceu em Santa Catarina e um fato comum, em época de pandemia, que está acontecendo em todo o Brasil”.

Disse também que “as pessoas, nesse momento de fragilidade do estado, não serem retas e muitas vezes fazerem ofertas que não conseguem honrar, como foi o caso agora… isso tudo será levantado e esclarecido, isso eu garanto para cada cidadão que confia, e eu tenho certeza que as pessoas confiam em mim”.

Carlos Moisés disse ter recebido muitas mensagens dizendo para ele continuar com “seu trabalho firme” e que o elogiaram por “seu trabalho firme”, pois até aqui Santa Catarina tem feito sua lição de casa.

Esse discurso não foi bem aceito mo meio político, principalmente na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, que teve dois momentos importantes na sessão de quarta-feira.

Primeiro foi a entrada de um pedido de impeachment do deputado Ivan Naatz (PL), contra o governador Carlos Moisés e também da vice-governadora, Daniela Reinehr, com a justificativa do governo do estado ter dado a equiparação salarial dos procuradores do estado com os da Alesc, feita em 2019.

O segundo momento foi à aprovação do projeto de lei do deputado estadual Milton Hobus (PSD) que impede licitação relâmpago como a do hospital de campanha de Itajaí.

Agora o governo estadual tem que estabelecer um prazo mínimo de 48 horas para que as aquisições sejam feitas de forma mais clara. Hobus  disse que “o governo estava abrindo um processo pela manhã e fechando um contrato a tarde sem publicar no Diário Oficial. Isso, além de ilegal, é imoral”.

Obviamente que as relações entre os poderes ainda está estremecida, mas com o novo chefe da Casa Civil, Amandio João da Silva Junior, as coisas parecem ter uma luz no fim desse túnel, pois o novo secretário não perdeu tempo e no seu primeiro dia de trabalho já esteve com os deputados estaduais Júlio Garcia (PSD), presidente da Alesc, com a líder do governo deputada Paulinha (PDT) e também com Maurício Eskudlark (PL), que já foi líder de Moisés na Assembléia, mas que hoje apóia o afastamento do governador.

É fato que, nesse momento, afastar o governador e sua vice é um exagero e até um ato que não vai contribuir em nada para o estado de Santa Catarina. Tanto os deputados estaduais quanto o próprio governador precisam entender que ambos têm que achar um meio termo para voltarem a se relacionar.

Só o trabalho solitário do chefe da Casa Civil não vai adiantar, pois uma andorinha não faz verão. É necessário que Moisés entenda que a aproximação tem que partir do Palácio da Agronômica e que não pode continuar dando declarações que não o ajudam em nada, tanto junto aos deputados quanto junto aos catarinenses.

É necessário que o governador repense e veja que errou com a Assembléia, com a imprensa e principalmente contra o seu próprio governo e só cabe a ele reverter esse quadro, senão não vai resistir ao campo minado que se instala a sua volta e não terá como se salvar da morte certa que hoje é bem possível.

Depois não venha dizer que não foi avisado!

A mágica de Joarez Ponticelli

O prefeito de Tubarão, Joarez Ponticelli (PP), conseguiu encontrar uma maneira muito criativa para sanar um problema que a maioria das prefeituras está tendo quando o assunto é compra dos EPIs. Além de adquirir esses produtos com um valor infinitamente menor, ele ativou o ramo têxtil da cidade que passaram a produzir esses materiais com a mesma qualidade e exigências técnicas necessárias para uso em ambientes hospitalares.

A prefeitura, através da Fundação Municipal de Saúde, comprou TNT, linha e tecido hospitalar, ganharam elásticos e o corte dos tecidos de uma empresa local e entregaram todo esse material para costureiras autônomas de Tubarão, que receberam para fazer o serviço.

Com isso, a prefeitura economizou R$ 373 mil nos meses de março e abril e ainda fomentou a produção local, fazendo que os pagamentos desses materiais ficassem na cidade.

Foram produzidos aventais descartáveis, máscaras triplas cirúrgicas e máscaras duplas de TNT e todos seguiram a risca as recomendações da ANVISA e tiveram também a aprovação do infectologista Dr. Rogério Sobrosa de Melo, que tem contribuído para as decisões no combate do coronavirus na cidade.