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Moisés já ensaia a volta ao comando do governo tentando montar coalizão e pensando em 2022

Carlos Moisés realmente está se preparando a volta ao comando do governo do estado de Santa Catarina depois que os dois processos de impeachment, que correm no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SC), forem julgados.

Enquanto Daniela Reinehr estava em Brasília para tentar buscar soluções para as contas públicas de Santa Catarina, Carlos Moisés saiu da Casa da Agronômica para começar a fazer a política da boa vizinhança com os parlamentares que o colocaram no momento mais difícil da sua vida política.

A governadora esteve com o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e anunciou a instalação de nano satélites em Santa Catarina para o monitoramento e prevenção de eventos climáticos extremos.

Já no Ministério de Desenvolvimento Regional, ela foi buscar alternativas para resolver os problemas da estiagem no estado e com Hamilton Mourão conversou para ver a possibilidade de resolver os problemas das contas publicas de Santa Catarina.

Já Moisés esteve na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) na manhã de quarta-feira, 4. O primeiro compromisso por lá foi uma conversa demorada com o presidente da casa, deputado estadual Júlio Garcia (PSD), que deixou transparecer que ambos, nesse momento, estão no mesmo lado e que já estão ensaiando uma aproximação para quando Carlos Moisés voltar ao governo, caso não seja afastado definitivamente em um dos processos de impeachment que correm no TJ

Moisés entregou uma carta para Júlio Garcia, para ser lida em plenário, endereçada aos demais deputados, onde cumprimenta os parlamentares pelo trabalho realizado nos processos de impeachment que se iniciaram na casa e reconhecendo a importância da Alesc para o estado.

Num dos trechos da carta, Moisés escreveu que cada representante eleito pelos catarinenses no estado são fundamentais para que se siga destacando positivamente os índices dos indicadores econômicos e sociais.

A carta faz menção também ao trabalho de liderança da deputada Paulinha da Silva (PDT), que até o dia 26 de outubro era a líder do governo na Alesc, dizendo que, com sua generosidade, coragem e fibra ela exerceu um trabalho intenso, vibrante e comprometido para cumprir a missão que lhe foi confiada.

A formação do grupo

Moisés já tinha conversado com o senador Jorginho Mello (PL) sinalizando uma aproximação para a construção de um bloco de coalizão já com vistas para 2022. Nessa conversa, o governador voltou a firmar que não pretende disputar a reeleição para o governo do estado e isso interessou muito o senador, que pretende concorrer ao cargo de governador nas próximas eleições.

Apesar de ter ido cortejar Júlio Garcia na Alesc, Moisés sabe que a partir de 2021 a Assembleia terá um novo presidente e que necessita urgentemente se aproximar das lideranças partidárias da casa para conseguir governar com tranquilidade nos próximos dois anos, caso volta a assumir o cargo de governador, o que é muito provável depois que o Palácio do Planalto identificou uma fragilidade política de Daniela Reinehr e de saber também que 2021 e 2022 serão anos economicamente difíceis para os estados devido à pandemia.

O fato é que, com o insucesso de Júlio Garcia em não conseguir assumir o governo do estado por conta do voto do deputado Sargento Lima, que salvou Daniela Reinehr do afastamento do cargo, agora fica muito mais conveniente para as lideranças políticas do estado se juntarem a Moisés para criar um grupo forte pensando não só na eleição de 2022, mas também nas futuras assim como fez o falecido governador Luiz Henrique da Silveira (MDB), que juntou vários partidos que comandaram o estado por 16 anos consecutivos.


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