Marcelo Reis/Arquivo O Município
Servidor entra no gabinete do prefeito de Brusque com faca, relatam fontes da prefeitura
Prefeito confirma desentendimento com servidor, mas nega ameaça e diz que não observou objeto
Um servidor do alto escalão da Prefeitura de Brusque entrou no gabinete do prefeito Ari Vequi (MDB) portando uma faca na mão, conforme relatam diversas fontes do poder Executivo. A informação foi confirmada com exclusividade por interlocutores da prefeitura ao jornal O Município. O caso aconteceu nesta quinta-feira, 18.
Descontente com a exoneração de um outro funcionário do Executivo, com o qual tinha ligação, o servidor foi até o gabinete do prefeito conversar com Ari Vequi, ainda na quarta-feira, 17. Interlocutores da prefeitura revelam que houve bate-boca neste primeiro momento. Entretanto, não houve ameaça com arma branca na primeira conversa, apesar da discussão.
No dia seguinte à conversa, ainda não concordando com a decisão de exonerar o funcionário, o servidor novamente entrou no gabinete, conforme relatam as fontes da prefeitura. Os interlocutores são objetivos ao dizer que ele segurava uma faca na mão, mas não reagiu com a arma contra o prefeito. Apesar da intimidação, Ari Vequi não recuou da decisão, conforme detalham os interlocutores.
O que diz Ari Vequi
Procurado pela reportagem de O Município, Ari Vequi confirmou que houve “um desconforto” na primeira conversa entre ele e o servidor na quarta-feira. No segundo encontro no dia seguinte, Ari negou que houve qualquer tipo de ameaça.
“Houve no dia anterior um desconforto. É normal quando demitidos alguém que outras pessoas não concordem. Houve um ato de exoneração pedido por um secretário de outra pasta e desagradou um pouco, mas nada que não fosse controlado. Tinha mais duas ou três pessoas na sala naquele momento e jamais houve uma ameaça ou qualquer outra coisa que atingisse a minha integridade”, diz.
Além disso, o prefeito afirma que, caso tivesse de fato acontecido algo em tom de ameaça, teria exonerado o servidor do alto escalão.
Questionado se o servidor realmente portava um objeto em mãos, Ari disse que não reparou. “Se ele estava com algum objeto, não levei em consideração ou não tive nenhum acesso a este objeto. Se alguém viu ele entrando com algum objeto, não observei estes detalhes”, afirma.
“Não vou dizer que [o servidor] não estava com nada. Poderia estar com algum objeto na pasta, mas não se referendou este objeto a minha pessoa. Em nenhum momento ele me ameaçou. Então, não existe tom de ameaça”, complementa o prefeito.
Ari Vequi comenta ainda que o desentendimento na quarta-feira ocorreu como “vários que acontecem”. Ele afirma que a relação dele com o servidor do alto escalão da prefeitura “continua sendo normal”. O prefeito confirmou que a exoneração do outro funcionário que gerou o desentendimento realmente aconteceu.
“O incidente foi no dia anterior, em um desacordo com um ato de exoneração. Minha relação com ele (servidor) continua sendo normal. Foi apenas um ato de desacordo, como vários que acontecem. Quando fizemos modificações no quadro [de funcionários], não agradamos todo mundo. Não é verdadeiro que houve outro fato diferente”, finaliza Ari.
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