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Servidores de Blumenau rejeitam proposta de reajuste da prefeitura e organizam paralisação

Assembleia ocorreu na tarde desta quinta-feira

A assembleia dos servidores públicos municipais de Blumenau na tarde desta quinta-feira, 7, resultou na rejeição da proposta apresentada pela prefeitura. Na última reunião de negociação sobre data-base, o município ofereceu aos servidores o reajuste da inflação sobre os salários e vale alimentação, mas só a partir de 2019.

O sindicato exige o pagamento integral do INPC, além de outras 24 reivindicações. Durante a assembleia, os trabalhadores aprovaram o agendamento do primeiro dia de paralisação. O movimento ocorrerá na terça-feira, 19. Caso não haja avanços na negociação, a categoria promete novas mobilizações.

“Quero convidar o servidor, não por mim, mas que ele esteja se mobilizando e continue trabalhando pela cidade, pelo cidadão que paga o seu salário, o meu salário”, pediu o prefeito Mário Hildebrandt.

O chefe do executivo voltou a enfatizar que não será possível oferecer o aumento neste ano e que tem sido um desafio garantir os pagamentos em dia, as férias e o 13º salário dos quase oito mil servidores. A justificativa para não atender as reivindicações são problemas financeiros.

Segundo Hildebrandt, há uma frustração de receita de R$ 15 milhões, além do corte de cerca de R$ 18 milhões do ISS, as alterações no cálculo do Pasep que resultou em ônus de R$ 20 milhões para este e os próximos anos. O aumento na alíquota do Instituto de Seguridade Social dos servidores, o Issblu, e o crescimento nos planos de carreira também contribuem para a atual situação.

“É uma justificativa que eles fazem todos os anos, nós temos estudado os números, e a gente tem o entendimento de que é possível contingenciar em outros lados e não na folha do servidor”, argumentou o coordenador do sindicato da categoria (Sintraseb), Sérgio Maurici Bernardo.